Assassinato de Daniella Perez foi traumático
Dizer que o crime abalou o Brasil é pouco. Nem mesmo na ficção sabia-se de um caso parecido: um ator (Guilherme de Pádua) matar uma atriz (Daniella Perez), filha da autora (Gloria Perez) da novela em que ambos trabalhavam, com requintes de crueldade (18 estocadas, oito delas no coração) e por motivos inexplicáveis.
Guilherme e Paula premeditaram tudo, o que inviabilizou a alegação da defesa de que teria sido um crime passional. Ela se escondeu por baixo de um lençol no banco traseiro do carro dele; ele adulterou a placa com fita adesiva.
Abordaram Daniella quando esta parou seu carro num posto de gasolina, saindo de uma gravação na Barra da Tijuca, no Rio. Guilherme derrubou a atriz com um soco e a levou para uma rua deserta. Lá, os assassinos foram vistos por um transeunte, que chamou a polícia.
Antônio Batalha/Folhapress | ||
A atriz Daniella Perez, assassinada em 1992 por colega ator da novela 'De Corpo e Alma' |
Até hoje não se sabe por quê: Guilherme estaria ressentido por ver seu papel diminuído na novela; Paula teria ciúmes de um possível envolvimento do marido com a atriz; ambos estariam envolvidos com rituais de magia negra.
Os dois foram presos no dia seguinte, depois de prestarem condolências à família da vítima. Foram condenados por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
E foram libertados em 1999. Paula mudou de nome e sumiu. Guilherme virou evangélico. Estão soltos por aí, mas marcados para sempre.
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