Crítica
Sidney Magal caricato e piadas ruins afogam produção nacional
Quando sobem os letreiros, ao fim da da comédia musical "Magal e os Formigas", a pergunta que se impõe é: para que serve um filme assim?
A produção conta a história de João (Norival Rizzo), um aposentado que tenta afugentar a angústia inventando bugigangas no quintal e jogando na loteria.
Em meio ao cotidiano modorrento, o homem passa a conviver com uma espécie de espírito do cantor Sidney Magal, cuja missão é deixar mais leve a vidinha de João.
O dia a dia do aposentado, de fato, ganha novos ares, mas é difícil crer que a descontração que toma conta do personagem possa envolver também o público.
O filme insiste em buscar graça nos comentários de um amigo cego de João. O problema não é flertar com o politicamente incorreto, é mais simples: as piadas são ruins.
Mas talvez o longa só queira agradar aos fãs de Magal, o que é legítimo.
Magal não é mau ator, mas, neste novo filme, ele surge como caricatura de si mesmo.
A fatia musical da comédia se baseia na repetição de "Sandra Rosa Madalena" e "Meu Sangue Ferve por Você" como em um efeito de looping. Para ver Magal rebolar e cantar seus sucessos, o YouTube é mais rápido e bem mais barato.
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