Filme brasileiro 'Pendular' leva prêmio dos críticos no Festival de Berlim
Divulgação | ||
Os atores Raquel Karro e Rodrigo Bolzan formam o casal de 'Pendular', de Julia Murat |
O filme brasileiro "Pendular", da carioca Julia Murat, levou o prêmio da crítica nesta edição do Festival de Berlim. O troféu, dado na manhã deste sábado (18), é conferido pela Fipresci, federação que reúne críticos de cinema do mundo todo.
"Pendular" é uma das 12 obras brasileiras selecionadas para participar da mostra alemã. E foi exibido na seção Panorama, paralela à competição principal do festival. O júri da Fipresci elogiou a "moderna e ousada coreografia", que se conecta à "originalidade" do filme de Murat.
O longa aborda a relação de um casal que divide o mesmo espaço: ele, um escultor; ela, uma dançarina. Uma linha traçada no chão é o que demarca a área ocupada por cada um deles no mesmo galpão.
"Falei muito de política nesses últimos dias, mas hoje vou falar de afeto", disse a diretora, ao receber o prêmio. Ela foi uma das realizadoras brasileiras que puxaram o coro de "fora, Temer" ao exibir seu longa.
Murat dedicou o troféu ao crítico José Carlos Avellar, morto no ano passado.
O filme de Murat foi o único título nacional premiado pelos júris independentes de Berlim —paralelos ao júri oficial, que confere o Urso de Ouro. No total, a mostra alemã abriga mais de 20 prêmios dados por júris independentes.
Na noite deste sábado (18) serão também anunciados os prêmios do júri oficial do Festival, entre eles o Urso de Ouro, voltado ao melhor longa da competição. "Joaquim", de Marcelo Gomes, está no páreo.
HÚNGARO VENCEDOR
O maior premiado por esses júris paralelos foi o húngaro "On Body and Soul", de Ildikó Enyedi, que está na competição. A obra narra o envolvimento de um casal que chega a compartilhar até dos mesmos sonhos.
Além de levar o prêmio de melhor longa da competição segundo a Fipresci, "On Body and Soul" ganhou o de melhor longa pelo júri ecumênico e o do jornal "Berliner Morgenpost.
Já o chileno "Una Mujer Fantástica", de Sebastián Lelio, conseguiu agradar a gregos e troianos nesta edição: faturou o maior prêmio LGBT da mostra, o Teddy, e também uma menção especial do júri ecumênico, que agrega organizações católicas e protestantes.
A obra trata dos percalços de uma transexual que perde o companheiro e é protagonizada por uma atriz trans, Daniela Vega, favorita ao Urso de Prata de interpretação feminina.
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