Cortejo de É o Tchan e Molejo muda de lugar e público fica perdido no centro
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Show do grupo É o Tchan na região central de São Paulo |
Quem ensaiou para dançar ao som de É o Tchan e Molejo durante a Virada Cultural neste domingo (21) teve que enfrentar alguns percalços.
O Cortejo 90tinha, comandado pelo grupo, estava previsto para ser realizado às 14h em frente ao Theatro Municipal (região central). Contudo, o local do show foi alterado para a Av. Ipiranga, ao lado da praça da República, sem que o público fosse avisado.
"Seguimos o fluxo de pessoas e por acaso encontramos", disse a designer Sílvia Sfair, 26, que estava acompanhada do assessor jurídico Eduardo Senna Lobo, 27.
"A gente veio para o show do Jaloo [no palco Queer, em frente ao Copan], ouvimos o som e viemos pra cá", disse o farmacêutico Diego Kashiura, 23, que dançava os passinhos de axé com o estudante Johnny Martins, 21.
Enquanto isso, por volta das 14h30 em frente ao Theatro Municipal, fãs esperavam pelo grupo. "Eu ensaiei a noite inteira, minha bunda está até doendo", disse a promotora Natasha Ribeiro, 23.
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Debaixo de chuva, público dança no show do grupo É o Tchan |
Segurando uma garrafa de Coca Cola, a estudante Gabriela Gomes, 14, contou que já havia "descido na boquinha da garrafa" nesse meio tempo.
A falta de sinalização no evento irritou algumas pessoas que aguardavam a atração nostálgica. A chuva, que até então estava amena, agravou a situação.
"Todo mundo está com o papel na mão sem saber se encontrar. Fomos até a praça da República, não encontramos nada. Estou desde as 13h30 aqui, ninguém sabe informar", diz Lizandra Sousa, 22, recepcionista, que veio acompanhada de três amigos e da mãe.
NOSTALGIA
Movido a nostalgia, o evento, um dos mais comentados da curadoria, foi embalado por clássicos dos anos 1990, como já era esperado.
"Dança da Cordinha", "A Nova Loira do Tchan" e "Na Boquinha da Garrafa" ganhavam coro e coreografias.
O autônomo Alex Peres, 32, era ponto de referência para quem queria conhecer os passinhos de cada música, mas ele garante que não precisou ensaiar. "É uma coisa que a gente não esquece".
Peres ganhava reforços do dançarino Pedro Everton, 32. "A gente sabe [a coreografia] desde os anos 1990, dançamos em todas as festas".
O repertório não ficou restrito aos hits do Tchan, que também tocou "Bomba", do Braga Boys, e "Olha a Onda", da Tchakabum, entre outras.
Ao fim da apresentação, o bis que o público clamava logo se transformou em um contido coro de "Fora, Temer".
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