Funks 'viralizam' no streaming e são criticados por 'apologia do estupro'

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Crédito: Reprodução/Facebook Yasmin Formiga, uma das mulheres que protestaram contra a faixa 'Só Surubinha de Leve
Yasmin Formiga, uma das mulheres que protestaram contra a faixa 'Só Surubinha de Leve'

DE SÃO PAULO

Dois funks que integram a lista das 50 faixas mais virais das plataformas de streaming estão sendo criticados por conter letras que permitem a interpretação de apologia do estupro.

"Só Surubinha de Leve", do MC Diguinho, lidera o pódio no Spotify e também figura entre as mais virais do mundo e as mais tocadas do serviço no Brasil.

"Taca a bebida/ depois taca a pica/ e abandona na rua", diz o trecho da faixa que foi alvo de críticas nas redes sociais.

A principal queixa foi de Yasmin Formiga, que publicou uma foto na qual aparece machucada, carregando um cartaz com o polêmico trecho.

"Sua música ajuda para que as raízes da cultura do estupro se estendam. Sua música aumenta a misoginia. Sua música aumenta os dados de feminicídio. Sua música machuca um ser humano. Sua música gera um trauma. Sua música gera a próxima desculpa. Sua música tira mais uma. Sua música é baixa ao ponto de me tornar um objeto despejado na rua", escreveu.

A publicação já contava com mais de 126 mil compartilhamentos na manhã desta quarta-feira (17).

Outra das faixas virais também tem sido alvo de críticas, ainda que em menor escala. "Vai Faz a Fila", de MC Denny, aparece em 30º lugar com letra que descreve sexo não consensual.

"Vou socar na tua buceta sem parar/ e se você pedir pra mim parar, não vou parar/ porque você que resolveu vir pra base transar/ então vem cá, se você quer, você vai aguentar", diz um trecho.

Ambos os artistas são produzidos pela GR6 Eventos. Diguinho, Denny e GR6 não responderam aos pedidos de contato da reportagem.

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