Terceiro 'Maze Runner' só é compreensível para fãs antigos

Crédito: Divulgação Cena do filme 'Maze Runner: A Cura Mortal
Cena do filme 'Maze Runner: A Cura Mortal'

THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

MAZE RUNNER: A CURA MORTAL (regular) * *
(Maze runner: the death cure)
DIREÇÃO Wes Ball
ELENCO Dylan O'Brien, Ki Hong Lee, Kaya Scodelario
PRODUÇÃO EUA, 2017
QUANDO em cartaz
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Franquias de filmes de heróis adolescentes em sociedades futuristas distópicas têm muitas semelhanças. Exemplos: ter origem em livros seriados de sucesso para o público teen e reunir atores bonitinhos que podem ou não dar certo na carreira.

Se alguém tem alguma reclamação a fazer sobre a franquia "Maze Runner", como ela ser muito parecida com "Jogos Vorazes", deveria ter feito em 2014, ano do primeiro e bem divertido filme.

Agora, "Maze Runner: A Cura Mortal", terceiro e último exemplar, chega ao cinema, e julgá-lo como obra de arte ou entretenimento não faz sentido. É um produto que pode funcionar bem para os devotos da série, mas apenas para essa tribo específica. Quem não viu os dois primeiros não vai entender bulhufas do que acontece na tela.

A tarefa de tentar resumir a coisa toda é ingrata. No primeiro filme, "Maze Runner: Correr ou Morrer", o foco está em Thomas (Dylan O'Brien), colocado numa comunidade de jovens desmemoriados aprisionados em um labirinto no qual precisam achar uma rota de fuga para não morrer entre as paredes.

Depois, em "Maze Runner: Prova de Fogo" (2015), Thomas e seus amigos, fora do labirinto, procuram pistas sobre a WCKD, empresa que os aprisionou, enquanto tentam escapar dos cranks, criaturas disformes que são humanos afetados por um vírus.

Na conclusão da saga, os garotos chegam à última cidade dessa devastada Terra do futuro. Além do ajuste de contas com a WCKD, Thomas reencontra Teresa (Kaya Scodelario), a ex-namorada que o traiu no filme anterior e é a principal cientista na pesquisa do antídoto para o vírus.

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O filme é movimentado, com algumas cenas bem boas e pelo menos uma sequência espetacular, quando uma das mocinhas da turma tenta fugir com um ônibus cheio de crianças no meio da cidade que virou praça de guerra.

Mas quem não é fã de carteirinha não vai entender o roteiro, que não explica nada dos filmes anteriores, e verá que os jovens atores são sofríveis. Talvez a inglesinha Kaya Scodelario seja a única que irá vingar na carreira.

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