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Premiados, Juliette Binoche e Javier Bardem fazem discursos emotivos
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ANA PAULA SOUSA
ENVIADA ESPECIAL A CANNES
A premiação do festival de Cannes, na noite de ontem, foi marcada por uma emoção que, ao contrário do que costuma acontecer no Oscar, tinha muito de espontaneidade.
Do curta-metragista Serge Avédikian, de "Chienne d'Histoire" --que, com seus cabelos já brancos, parecia meio despropositado para a categoria e fez a esposa chorar-- à estrela Juliette Binoche, foram vários os laureados que trocaram a lista formal de agradecimentos por uma fala mais sincera.
Binoche, que chegou ao Palais com a ausência da maquiagem que, durante o festival, já havia chamado a atenção, foi, de novo, emotiva, autêntica e, à sua maneira, engajada.
Ian Langsdon/Efe | ||
O ator Javier Bardem e a atriz Juliette Binoche posam com seus prêmios em Cannes |
Levantou um papel com o nome do cineasta iraniano Jafar Panahi, que está em preso e, desde domingo passado, faz greve de fome. "Espero que, no ano que vem, ele possa estar aqui conosco."
A atriz fez questão também de elogiar o cinema que se quer invenção e ousadia, como aquele feito por Abbas Kiarostami, que a dirigiu em "Copie Conforme".
"Dedico este prêmio aos meus pais. À minha mãe que nos criou sozinha e ao meu pai, que eu consegui perdoar. Dedico também aos meus filhos, que aprenderam a aguentar as minhas ausências. E dedico este prêmio aos homens que amei e que me amaram, e que conseguiram me aguentar. Eu, como a minha personagem, acredito no amor. E, bem, espero me casar de novo um dia", disse.
Foi também com uma declaração de amor que o ator Javier Bardem comemorou a Palma recebida pelo papel em "Biutiful".
Sua mulher, Penélope Cruz, na plateia, fez uma doce cara de espanto. E ficou com os olhos cheios d'água.
O terceiro ator premiado, o italiano Elio Germano, que dividiu a Palma com Bardem, por seu papel no filme " La Nostra Vida", também fez um discurso memorável:
"Dedico este prêmio à Itália e aos italianos que, apesar da classe dirigente, ainda tentam fazer da Itália um país melhor".
Com Binoche, Bardem e Germano, Cannes comprovava, em seu encerramento, que, apesar dos flertes com Hollywood e da badalação do tapete vermelho, ainda é um espaço de resistência da arte que tem algo a falar.
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