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18/06/2010 - 16h48

Veja repercussão em jornais pelo mundo sobre a morte do escritor José Saramago

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O escritor português José Saramago morreu em Portugal nesta sexta-feira, aos 87 anos. A morte do ganhador do prêmio Nobel de literatura ocorreu por volta das 13h (8h de Brasília), quando o escritor estava em casa acompanhado da mulher e tradutora, Pilar del Río.

Saramago havia passado uma noite tranquila. Após ter tomado o café da manhã e conversado com a mulher, começou a sentir-se mal e, pouco depois, morreu.

Veja como os jornais internacionais noticiaram a tragédia:

Clarín (Argentina)

O jornal argentino Clarín dá destaque à morte do escritor português logo em seu site principal. A matéria diz: "Aos 87 anos, feleceu o Nobel de Literatura José Saramago".

Reprodução
Saramago Clarin

Um dos principais periódicos do país, o "Clarín" afirma que o escritor, poeta e jornalista sempre manteve uma relação "íntima e cálida" com a Argentina e que segundo fontes da família, ele havia passado "uma noite tranquila, mas após o café da manhã começou a sentir-se mal e em poucos minutos morreu".

Saramago desenvolveu um trabalho "prolífico e de alta qualidade, com um compromisso humanístico e político", dis o jornal. A postura teria derivado da militância comunista durante boa parte de sua vida, ainda que tenha criticado regimes de esquerda em várias ocasiões.

A matéria cita algumas das principais obras do escritor e relembra a conquista do Nobel de literatura. O "Clarín" traz ainda uma declaração do próprio autor premiado, que definiria seu ofício. "Somente sou alguém que, ao escrever, limita-se a levantar uma pedra e trazer às vistas o que há debaixo. Não é minha culpa se de vez em quando saem monstros", afirmou o escritor em 1997.

New York Times (EUA)

O diário americano New York Times, um dos jornais mais influentes do mundo, destacou o assunto em sua página inicial com a matéria "Morre José Saramago, escritor vencedor do prêmio Nobel".

Reprodução
Saramago New York Times

O jornal indicou que o escritor traçou uma carreira combinando a experimentação surrealista com um gênero pragmático. Com mais de dois milhões de livros vendidos, Saramago foi o primeiro autor português a vencer o prêmio Nobel de literatura, sublinha o "NYT".

Para o público americano, diz o diário, o nome de Saramago é associado com o discurso que fez durante visita à Cisjordânia em 2002, q uando comparou o tratamento dado aos palestinos por Israel ao Holocausto.

"O paradoxo era a marca registrada de Saramago", indica o jornal. "Um militante ateu que afirmava que a história humana teria sido muito mais pacífica se não fosse pela religião, mas que mesmo assim publicou romances preocupados com a questão de Deus", afirma o "NYT".

Le Monde (França)

O principal diário francês, o Le Monde abriu o assunto como manchete, com o título "A vírgula de José Saramago".

Reprodução
Saramago Le Monde

"É graças a uma vírgula que José Saramago se tornou um grande escritor. No começo dos anos 1980, quando tinha mais de cinquenta anos, ao escrever um romance em meio às paisagens do Alentejo, sua região de origem em Portugal, ele encontrou seu estilo", avalia o jornal.

Destacando as qualidades e especificidades da obra do autor, o "Le Monde" afirma que a característica-chave de Saramago era os diálogos que o autor tinha a capacidade de criar dentro de um "bloco compacto de prosa".

Para o diário, o autor português inovou ao criar diálogos que são introduzidos por uma vírgula, seguidos de uma letra maiúscula que sinaliza a mudança dos interlocutores. Graças a este recurso, Saramago foi capaz de criar "romances polifônicos", que conduziam o leitor por meio de labirintos.

Publico

O site do principal jornal português Publico deu grande destaque a morte do escritor. O periódico apresentou as polêmicas e as obras, em um retrato completo do que foi a vida literária e pessoal de Saramago.

Reprodução

A manchete principal foi "As cinzas de Saramago ficam em Portugal", expressando o desejo do escritor de ser cremado. Também foram disponibilizados vídeos com entrevistas do autor, fotos e uma área onde o leitor pode deixar seus trechos favoritos de algum livro dele.

O site do jornal também mostrou a reação dos políticos portugueses e deu destaque da reunião extraordinária que será realizada entre os ministros para decidir sobre o luto nacional pela morte do escritor.

El Pais

O jornal espanhol El Pais deu destaque na manchete principal para a morte de José Saramago, com várias análises e textos. Na foto principal o escritor observa sereno o mar e o título diz "Desaparece a alma do português".

Reprodução

Foi criado um especial sobre sua vida intitulada "O escritor que nunca se escondeu", com um amplo material de acervo, que inclui cronologia, entrevistas, resenhas sobre as obras e fotos.

O escritor italiano, Dario Fo llega, amigo que Saramago concedeu entrevista ao jornal e declarou "Hoje que ele não está. me falta tudo, arrancaram um pedaço da vida. José e eu não éramos só companheiros de trabalho. Éramos amigos".

O perídico também destacou o luto mundial e dos artistas que o conheciam.

 

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