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27/06/2010 - 11h40

Glastonbury peca na escolha de atrações principais e vê palcos maiores esvaziarem

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CAROL NOGUEIRA
ENVIADA ESPECIAL A GLASTONBURY (INGLATERRA)

Se por um lado uma boa distribuição de público entre os palcos pode ser positivo para um grande festival como o Glastonbury, por outro, quando o palco principal fica vazio durante mais de metade do dia, é mau sinal.

Ontem, até às 17h, quando o Dead Weather entrou no Pyramid, o palco principal do festival, só havia passado por ali atrações fracas como Tinchy Stryder, The Lightning Seeds, Jackson Browne e Seasick Steve.

Joel Ryan/AP
Australian singer Kylie Minogue performs with the Scissor Sisters at Glastonbury Festival, in Glastonbury, England Saturday, June 26, 2010. The Festival celebrates its 40th anniversary this year. (AP Photo/Joel Ryan)
A australiana Kylie Minogue se apresenta com a banda Scissor Sisters no terceiro dia de festival

Mesmo depois da banda do Jack White se apresentar, o Pyramid continuou apostando em atrações fracas. A cantora colombiana Shakira, por exemplo, que a não ser pela música-tema da Copa do Mundo não tem razão para estar no line-up, baseou seu repertório em músicas antigas como "Hips Don't Lie" e "Ojos Así", e a banda mais que veterana Scissor Sisters, completa sua quinta participação no festival.

Enquanto isso, o palco Other Stage recebia alguns dos nomes mais comentados do ano passado, como a cantora britânica Kate Nash e as bandas The National, The Cribs e Editors. O John Peel tinha as apostas Cymbals Eat Guitars e Wild Beasts, as "modernetes" Delphic e Marina and the Diamonds e as ótimas Foals e The xx. As duas últimas lotaram a tenda com aproximadamente 20 mil pessoas, que sabiam de cor cada uma das músicas. O xx, aliás, fez show impecável, detalhista e intimista, apesar do grande público, tocando as faixas na mesma sequência do álbum de estreia.

Os palcos The Park e West Holts, os mais distantes do festival, também tinhas boas atrações, como Beach House, Laura Marling, Devendra Banhart e a brasileira Os Mutantes.

Já a escolha dos headliners causou efeito debandada no público, que preferiu voltar para o camping. Na saída do festival, a reportagem da Folha viu centenas de jovens deixando o local cantando hinos da seleção inglesa, cujo jogo pela Copa do Mundo será transmitido no
telão do Pyramid neste domingo (27).

A maioria preferiu assistir ao show da grandiosa banda britânica Muse, cuja apresentação deixou a desejar em vista do que a banda tem feito em festivais. O show teve bem menos efeitos do que era esperado, com alguns reservados aos telões somente. Enquanto isso, a apresentação da dupla eletrônica Pet Shop Boys ficou bem esvaziada.

Hoje, os mesmos problemas devem se repetir. Enquanto o Other Stage e o John Peel têm as apostas The Temper Trap e The Drums e as independentes porém consagradas Grizzly Bear, Broken Social Scene, LCD Soundsystem e o Stroke Julian Casablancas, o Pyramid faz escolhas pouco arriscadas, como a cantora Norah Jones, o guitarrista Slash e o pop Jack Johnson.

As atrações escolhidas para fechar o último dia do festival, o consagrado Stevie Wonder e o tradicional eletrônico do Orbital, devem dividir o público basicamente em faixas etárias. Mais novos com Orbital, mais velhos com Stevie.

 

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