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Zumbis, filas e fantasias marcam Comic-Con
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FERNANDA EZABELLA
ENVIADA ESPECIAL A SAN DIEGO (EUA)
Uma garota com menos de 20 anos, fantasiada de zumbi e cheia de machucados de mentirinha, era alvo de vários fotógrafos amadores na tarde de quarta-feira, na Comic-Con, maior feira de quadrinhos e cultura pop do mundo, que acontece até domingo em San Diego, sul da Califórnia.
Ao ser perguntada seu nome, a garota apenas balançava sua cabeça e mantinha silêncio. Sua boca estava toda costurada, ou assim fazia parecer sua maquiagem.
Zumbis são a principal tendência nessa 41ª edição do Comic-Con. Eles aparecem não só nas fantasias dos visitantes, que são mais de 125 mil, mas também em seriados de TV, livros e filmes que estão sendo lançados por aqui.
Porém, para conseguir ver tais filmes, ou melhor, trechos desses filmes ainda inéditos, é preciso passar uma longa provação: geralmente uma fila que dura ao menos uma hora.
Mario Anzuoni/Reuters |
Visitantes comparecem fantasiados ao Comic-Con, nos EUA |
A Comic-Con consiste em mais de 1.000 expositores, que apresentam em tradicionais estandes seus novos livros, ilustrações, brinquedos ou até mesmo roupas, de simples camisetas e armaduras estilo medievais. Em salões a parte, estúdios de cinema, canais de TV ou editoras preparam palestras que, muitas vezes, são disputadíssimas.
A estudante Jackie Scarangella, 19, ficou três horas na fila na quarta-feira para ver a mesa com Will Ferrell e Tina Fey, comediantes que fazem as vozes do filme de animação "Megamente".
Ela conseguiu entrar na principal sala, para cerca de 6 mil pessoas, por volta das 11h e ficou na 10ª fileira. Ali ela se manteve para as atividades seguintes, como nos lançamentos dos novos filmes de Sylvester Stallone e Angeline Jolie, até as 19h.
"A gente conhece muita gente na fila", disse Jackie, na sua quinta Comic-Con. Ela já encontrou famosos na fila, como um ator do filme "Star Trek" que parou para dar autógrafos, e uma professora do ginásio, de artes dramáticas, vestida de Princesa Leia.
No sábado, ela planejava se vestir de zumbi e talvez participar da "ZombieWalk", uma passeata de mortos-vivos em homenagem aos filmes do gênero, pelas ruas de San Diego.
Já Bill Carter-Gianni, 36, teve mais sorte, no mesmo dia. Ficou apenas cerca de uma hora, com sua mulher e o bebê de três meses, que descansava na fila, protegida do sol por uma grande tenda.
"O Comic-Con é uma grande festa de geeks, ela [bebê] fica observando as pessoas, dá risadas, está se divertindo muito", disse Bill, engenheiro em sua quarta Comic-Con.
Ao redor do evento, concentrado num grande centro de convenções, fãs fantasiados das mais diversas formas divertiam os transeuntes. Vários rapazes, em locais diferentes, seguravam cartazes com "abraços gratuitos".
Travis Gruhot, 20, conseguiu 30 abraços na quarta-feira. "O único problema é quando vem essa garotada com fantasias pontudas, de mangás, que podem mesmo machucar", disse. "Mas a ideia toda é mostrar que nos importamos com os outros, que queremos distribuir amor."
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