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18/08/2010 - 07h31

Roberta Sá propõe "mistura de linguagens" em novo CD

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MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Desde que Maria Bethânia engrossou o foco de luz sobre a música de Roque Ferreira, gravando duas canções dele em 2006 (e, na sequência, outras sete em 2009), o compositor alcançou considerável projeção nacional.

Se, em tempos anteriores, seu nome passava quase batido nas fichas técnicas de álbuns de Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Beth Carvalho e outros tantos, agora Roque é merecedor de três álbuns dedicados à sua obra.

No ano passado, veio "Samba de Roque", de Clécia Queiroz. Agora, chegam, quase ao mesmo tempo, "Santo de Casa", de Mariene de Castro, e este "Quando o Canto É Reza", de Roberta Sá e Trio Madeira Brasil.

Ouça trecho de "Água da Minha Sede":

Água da Minha Sede

Clécia e Mariene são baianas como Ferreira e seguiram à risca a cartilha de arranjo e interpretação típica do samba de roda do Recôncavo. Não "desvirtuaram", portanto, a essência do trabalho original do compositor.

Roberta é potiguar, mas vive no Rio desde criança. O Madeira Brasil (Marcello Gonçalves, Zé Paulo Becker e Ronaldo do Bandolim) é carioca e isso, naturalmente, muda tudo. Construíram um disco quase camerístico, menos festivo e mais delicado.

Totalmente diferente, portanto, do que o próprio compositor costuma fazer.

Divulgação
Roberta Sá e o Trio Madeira Brasil em foto que divulga o primeiro trabalho feito em parceria, "Quando o Canto É Reza"
Roberta Sá e o Trio Madeira Brasil em foto que divulga o 1º trabalho feito em parceria, "Quando o Canto É Reza"

LINGUAGENS

Justamente por essas diferenças, Roberta considera este um trabalho de "encontro de linguagens, de estéticas que se somam".

"Temos uma cantora popular, um grupo carioca de formação erudita e um compositor que também já é uma mistura", ela diz. "Roque nasceu no Recôncavo mas se mudou para Salvador. Tão importante quanto ter nascido ali é a visão de fora que ele já adquiriu sobre aquilo."

Gonçalves, violonista do Madeira Brasil, acredita que as alterações na receita original de Roque Ferreira tornam mais interessante o trabalho.

"A proposta sempre foi essa: dar nossa cara à música. É complicado mexer na obra de um autor, há sempre o risco de ele não gostar", diz.

Roberta, Gonçalves e Pedro Luís --produtor de "Quando o Canto É Reza"-- visitaram Roque Ferreira em Salvador antes de começarem as gravações.

"A gente queria ver o recôncavo, olhar o ambiente dele", diz a cantora. E decidiram produzir um documentário sobre o compositor, com direção de Felipe Lacerda, montador de "Garapa", de José Padilha.

 

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