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08/10/2010 - 22h01

Atriz espanhola de "Lope" quer fazer mais filmes com o Brasil

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MAIRA CABRINI
DA EFE, NO RIO DE JANEIRO

A atriz espanhola Pilar López de Ayala disse nesta sexta-feira (8) que espera que a colaboração cinematográfica entre Espanha e Brasil, bem-sucedida no filme "Lope", escolhido para encerrar o Festival de Cinema do Rio de Janeiro, aumente cada vez mais.

Em entrevista à Agência Efe no Rio de Janeiro, aonde veio apresentar a produção hispânico-brasileira que narra a vida do poeta espanhol Lope de Vega, Pilar lamentou que seja baixo o número de filmes brasileiros exibidos na Espanha, da mesma forma que "quase não chegam" produções espanholas ao Brasil.

A atriz de 32 anos, que encarna Elena de Osorio, o primeiro amor do dramaturgo, defendeu o fato de a história de Lope de Vega ser contada pelo olhar de um brasileiro, o diretor Andrucha Waddington, o que despertou críticas na Espanha antes mesmo do início das filmagens.

"Lope de Vega é um poeta internacionalmente conhecido. Me parece normal que qualquer diretor de qualquer nacionalidade tenha vontade de contar sua vida. O que me parece estranho é que ninguém tenha feito isso antes", afirmou Pilar.

Divulgação
A espanhola Pilar López de Ayala e o argentino Alberto Ammann em cena de "Lope", dirigido por Andrucha Waddington
A espanhola Pilar López de Ayala e o argentino Alberto Ammann em cena de "Lope", dirigido por Andrucha Waddington

O ator argentino Alberto Ammann, que interpreta o jovem Lope de Vega, reconheceu que sofreu "grandes pressões" pela responsabilidade de representar o escritor espanhol.

"Um diretor brasileiro, um ator argentino (...) Pensei que iam nos queimar em praça pública, que não íamos trabalhar mais", brincou o protagonista.

O ator afirmou que considera as críticas bastante exageradas, já que achou "maravilhosa" a mistura de nacionalidades nos bastidores da produção, que contou com atores espanhóis, brasileiros --como Selton Mello e Sonia Braga-- e teve ainda a colaboração musical do uruguaio Jorge Drexler.

Ammann disse acreditar que o filme terá boa repercussão no Brasil quando estrear nos cinemas no dia 26 de novembro, apesar de Lope ser pouco conhecido no país.

O amor é o "grande protagonista" da obra, segundo ambos os atores, que disseram ter aceitado os papéis pelo aspecto "humano" da história.

"Lope de Vega teve uma vida tão complexa, tão intensa, é incrível pensar como teve tempo para produzir tanto, para amar tanto. Refleti muito sobre ele. Meu foco foi mais na vida do que na obra", relatou o ator, que diz estar lendo uma biografia do dramaturgo.

Pilar, que interpreta uma mulher apaixonada, ciumenta e vingativa, explicou que sua "personagem evolui, consegue se redimir e aprende algo sobre o amor".

Além do Festival do Rio, "Lope" também fez parte da programação do último Festival de Veneza e foi pré-selecionado para representar a Espanha no Oscar, mas perdeu o posto para "También la Lluvia" (ainda sem título em português), de Icíar Bollaín.

Ammann, que também poderia ter concorrido ao Oscar por "Cela 211", afirmou que não costuma alimentar muitas expectativas com relação a este tipo de prêmios e disse que "a parte mais bonita" é poder dizer que "é possível".

Pilar contou ainda que acaba de rodar "Intruders" (sem título em português), do diretor espanhol Juan Carlos Fresnadillo, enquanto Ammann revelou que nos próximos meses começará a filmar "El Sol Oscuro", de Jorge Dorado.

 

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