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Diretora diz que sentiu "medo do pessoal do lixão" no Rio
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FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES
Lucy Walker, a diretora britânica de "Lixo Extraordinário", afirmou que teve medo das pessoas que iria encontrar no maior aterro sanitário da América Latina, no Rio, no início do projeto.
O documentário, coprodução Brasil/Reino Unido que registra o trabalho do artista paulista Vik Muniz com catadores de lixo em Jardim Gramacho, disputa o Oscar.
"Eu esperava que essas pessoas fossem ser muito difíceis de lidar. Tinha medo de que talvez fosse ser muito complicado. Muitos têm problemas de saúde, mais ainda têm antecedentes criminais", disse Walker à Folha, no teatro da Academia.
"Mas no primeiro dia em que cheguei lá, percebi que eram as pessoas mais legais que conheci na vida", afirma. "Não poderia ter sido mais fácil. Eram charmosos, corajosos, dignos com todos esses desafios que a vida lhes colocou."
Segundo os produtores brasileiros, Walker só esteve em Gramacho uma única vez, em 2007. A maior parte das filmagens foi feita pelos dois codiretores brasileiros, João Jardim e Karen Harley.
Dave Allocca/AP | ||
A cineasta britânica Lucy Walker, que dirigiu "Lixo Extraordinário", sobre o aterro de Gramacho, no Rio de Janeiro |
A reportagem abordou Walker ao final de debate com os indicados na categoria documentário e perguntou sobre suas viagens ao Brasil. Ela não quis falar, ao saber que a entrevista seria para um jornal brasileiro.
"Você é amiga do João Jardim? Porque ele fica pedindo para pessoas virem me fazer perguntas", disse.
Jardim, que está em Los Angeles para a cerimônia, afirma que nunca fez tal pedido. "Mas escuto falar de pessoas incomodadas com o fato de ela não mencionar nossa participação no filme irem questioná-la."
Pelas regras do Oscar de documentário, apenas duas pessoas recebem a estatueta da categoria: o diretor e o produtor do título vencedor.
Walker disse que é obcecada por lixo há dez anos, desde quando visitou um lixão em Nova York. Ela contou que, ao conhecer Muniz, perguntou se ele tinha algum projeto relacionado ao lixo.
"Ele disse que sim, mas que era muito perigoso. Eu sabia que, se fôssemos fazer um filme, deveria ser sobre isso. Mas ele ainda não tinha planejado nada", disse.
Segundo Walker, Muniz estava se sentindo "um pouco cansado" do mundo da arte. "Ele queria ver como a arte poderia se conectar com pessoas lá fora."
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