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03/03/2011 - 13h25

Tony Goes: Ninguém é forte

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TONY GOES
COLUNISTA DA FOLHA

A eliminação de terça passada abalou as certezas dos "brothers".

Diogo, o gago tão temido, aquele que ninguém se atrevia a emparedar, foi despachado sumariamente. Nem o próprio acreditava: passou o dia anunciando que seu próximo alvo seria Diana, confiante na sobrevivência, e saiu do jogo prometendo voltar através de uma hipotética "casa de vidro". A ficha não deve ter caído até agora.

Janaína, tida pelos colegas como alegre, batalhadora, a representante do povão, "a cara do Brasil", teve sorte igual. Tampouco esperava: achava que Jesus novamente a pouparia, mas pelo jeito Ele prefere vê-la desfilando pela X-9 neste carnaval.

Os remanescentes ainda estão digerindo as informações. A estratégia feminina de exterminar o grupo dos homens pelas beiradas talvez não seja a mais acertada. Quase todas declaravam voto em Wesley, visto como inofensivo. Agora as atenções da mulherada se voltam para Mau-Mau: por que não?

Os machos têm pés de barro e passaram a ser minoria. Estão mais frágeis do que nunca. Além do mais, a mafiosa Talula ficou magoada com o voto que levou de Mauricio no ultimo confessionário. Agora está tentada a revidar.

Mas também teme pela própria cabeça. Só ela, Jaqueline e Daniel continuam virgens de paredão. A fama de intriguenta e maledicente da modelo paulista talvez faça dela a próxima vítima.

E Jaque? A sambista carioca é um mistério. Uma hora explode em fúria, noutra desaparece nos meandros da casa. Suas alianças estão sempre se modificando. Tem dado certo: poucos lembram dela na hora de votar, e seu nome é raramente citado nos fórums da internet.

Diana pressente que seu próximo emparedamento será o último. A amazona loura não cativou o grande público, que também pode ter se amedrontado com sua sexualidade fluida. Torço por ela, mas é difícil imaginá-la vencedora.

E Maria, ah, Maria. Esta não parece preocupada com prêmio algum, só em reconquistar o grande amor de sua vida. Sua ideia fixa já rendeu bons momentos no programa, mas cansou o telespectador. Ninguém aguenta mais vê-la se humilhar.

Já Paulinha se saiu bem. Derrotou seu maior inimigo e ainda teve poucos votos na última terça. Boninho diz que ela ganhou de virada: sinal de que tem torcida organizada. Mostrou-se madura ao aconselhar a "pretty woman". Resta conferir quantos minutos, digo, dias, resistirá sem comer pão.

Em meio a tantas fragilidades, dois candidatos se sobressaem. Rodrigão, o homem-samambaia, tem fãs irredutíveis. Não sei o quê mais enxergaram nele além da inegável beleza. Mas já sobreviveu a três paredões, um recorde até o momento, e periga ter cacife para chegar à final.

Onde talvez enfrente Daniel. Ainda não testado, é árduo medir a sua aceitação pelo eleitorado. O pernambucano é espontâneo, divertido, fala coisas sábias de vez em quando. Mas a admissão de que gosta de quase todas as drogas chocou muita gente, e seus porres nas festas derrubam a imagem do gay camarada.

Conclusão: ninguém é forte. Todos correm riscos, qualquer um pode ser varrido de uma hora para a outra. Acho que mais do que em qualquer outra edição, este "Big Brother" pode ser decidido pela sorte, e não pela personalidade dominante de um determinado participante. Tudo pode acontecer.

 

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