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28/03/2011 - 23h03

"Killing Bono" faz homenagem ao hall de fracassados do rock

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DA REUTERS, EM LONDRES

O filme recém-lançado "Killing Bono" é uma homenagem tragicômica aos inúmeros fracassos do rock'n'roll, contando a história verídica de dois irmãos que começaram como amigos e rivais do U2 mas acabaram na lata de lixo da história musical.

O filme, que terá uma sessão de gala em Londres na segunda-feira e chegará aos cinemas na sexta, é baseado no livro de memórias de Neil McCormick, com o mesmo título, mas seus criadores tomaram liberdades consideráveis com o livro original.

Diferentemente do que mostra o filme, por exemplo, McCormick nunca chegou a apontar uma arma para seu amigo de escola e também inimigo Bono, embora boa parte de sua juventude tenha sido consumida com uma obsessão pouco saudável com o sucesso estrondoso do U2 e seu próprio fracasso como cantor.

"O roteiro tomou todas as liberdades que quis com o livro", disse McCormick, crítico de rock do jornal Daily Telegraph, falando com a Reuters. "O início é bastante semelhante ao início do meu livro, mas depois o filme se lança em sua versão própria, numa espécie de universo paralelo."

Reprodução
Cena do filme "Killing Bono"
Cena do filme "Killing Bono"

Outra história fictícia do filme, dirigido por Nick Hamm, é a de que Neil teria ocultado o fato de que o U2 tinha pedido a seu irmão Ivan, colega de banda de Neil, para entrar para a banda (U2), o que Neil teria feito por sentir certeza de que seu próprio grupo, Shook Up!, acabaria por superar a banda rival.

McCormick disse que é menos dogmático que seu personagem no filme, mas que o ator Ben Barnes --conhecido principalmente pelo papel principal que representa em "Príncipe Caspian", da série Crônicas de Nárnia-- capta algumas características chaves que contribuíram para seu fracasso como músico.

"Nos anos 1980, cantei vitória antes da hora, e no fim não houve vitória alguma", disse McCormick.

"Meti os pés pelas mãos. Cometemos muitos erros, e eu era movido pelo tipo de ambição que conduz a erros."

De acordo com o filme, um desses erros foi rejeitar a ajuda oferecida por Bono nos primórdios do U2 e acreditar demais em executivos musicais desonestos.

Além de tratar de falhas pessoais e fracasso profissionais, "Killing Bono", segundo McCormick, tem um recado mais amplo a transmitir.

"Na realidade, o livro mostra como é difícil atuar no ramo da música", explicou. "A diferença entre nós e o U2 foi de mais ou menos 10 por cento, e esse 10 por cento foi a sorte."

Membros do U2 assistiram ao filme e, embora não tenham confirmado sua precisão, uma fonte próxima da banda disse que os membros do grupo gostaram da comédia e apreciaram o retrato que ela faz de seus primórdios em Dublin nos anos 1970.

 

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