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20/05/2011 - 18h38

Sean Penn representa roqueiro gótico e catatônico em Cannes

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DA REUTERS, EM CANNES

Sean Penn representa um roqueiro gótico catatônico em "This Must Be the Place", uma história estranha que acompanha o popstar aposentado Cheyenne, de uma vida de luxo na Irlanda para uma caçada a um guarda de campo nazista da Segunda Guerra Mundial, nos Estados Unidos.

Dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino, o filme integra a competição principal do Festival de Cannes, que voltou à normalidade na sexta-feira após a expulsão do cineasta dinamarquês Lars von Trier, que declarou em tom de brincadeira que simpatizava com Hitler.

No filme, Penn usa base branca pesada sobre o rosto, além de batom vermelho manchado e delineador preto nos olhos. Com a maquiagem e seu cabelo preto frisado, o personagem lembra os roqueiros Ozzy Osbourne e Robert Smith, este vocalista do The Cure.

Divulgação
Sean Penn em cena de "This Must Be the Place" dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino
Sean Penn em cena de "This Must Be the Place" dirigido pelo italiano Paolo Sorrentino

Além do visual incomum, o personagem de Penn é marcado por um andar afetado e fala em voz aguda e afeminada, na qual lança frases curtas que exprimem sua desilusão com o mundo.

O clima de desesperança e inércia só é aliviado quando ele deixa sua vida doméstica tranquila em Dublin ao lado de sua mulher, representada por Frances McDormand, e parte em uma jornada para vingar-se do homem que humilhou seu pai, judeu, em um campo de concentração.

Indagado o que levou a aceitar o papel de Cheyenne, Penn respondeu: "Os filmes de Sorrentino têm um quê de esdrúxulo. Há uma apreensão do mundo que me parece certa, mas eu ainda não a tinha visto ser articulada como ele a articula."

A participação de Sean Penn no filme foi fruto de um encontro do ator com Sorrentino em Cannes três anos atrás, quando o ator duas vezes premiado com o Oscar presidiu o júri do festival e o filme "O Divo", de Sorrentino, recebeu o prêmio do júri.

"Sorrentino faz filmes acelerados sobre pessoas lentas e filmes engraçados sobre pessoas tristes. Ele possui um humanismo que faz com que seus filmes valham a pena ser vistos", disse Penn.

"Para mim, ele é um dos poucos mestres do cinema da atualidade. Quando você trabalha com ele, como ator, você também é apreciador. Ele tocava o piano e eu virava as páginas", acrescentou.

 

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