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24/05/2011 - 10h29

Bienal de Veneza busca recuperar a dimensão histórica da arte

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SILAS MARTÍ
DE SÃO PAULO

Não é a luz fria, racional, do minimalismo. É um farol dramático, teatral, que deve nortear a Bienal de Veneza, que começa em 4 de junho.

Se os brasileiros ficaram de fora da mostra principal, deixando espaço só para Artur Barrio --português radicado no Rio que vai ocupar o pavilhão do Brasil nos Giardini--, o resto da mostra tomou como lastro Tintoretto (1518-1594), artista que despontou em Veneza há nada menos que cinco séculos.

Bice Curiger, a curadora suíça que está à frente da mostra, decidiu buscar no artista do Maneirismo italiano uma dimensão histórica para a bienal, que é vitrine recorrente da vanguarda.

"Incluir um mestre do passado pode ser um pouco perigoso, já que podem interpretar isso como um resgate de valores ancestrais", diz Curiger em entrevista à Folha. "Mas Tintoretto é um anticlássico, ele quebrou todas as regras do Renascimento."

Divulgação
"La Creazione degli Animali", obra de Tintoretto que estará na Bienal de Veneza
O quadro "La Creazione degli Animali", do artista italiano Tintoretto, que vai estar na Bienal de Veneza neste ano

Quebrando as regras não escritas da Bienal, Curiger então decidiu ancorar uma seleção de jovens artistas (grande parte tem menos de 40 anos) em torno de três telas clássicas do pintor célebre por retratar a luz de Veneza, solar e estridente.

Não à toa, sua mostra se chama "ILUMInações", grafado assim mesmo, para destacar a luz das nações que mandam seus melhores artistas a cada dois anos para esse mesmo porto central.

Embora seja referência a poemas de Arthur Rimbaud (1854-1891) e ao famoso ensaio de Walter Benjamin (1892-1940) sobre o surrealismo, o nome quer ressaltar o lugar onde a mostra acontece: Veneza.

Além disso, o título reafirma as representações nacionais de países que ainda têm na mostra italiana seus entrepostos de influência cultural dali para o mundo.

 

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