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24/05/2011 - 17h06

Von Trier defende Festival de Cannes frente às acusações do Irã

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DA EFE, EM MADRI

O cineasta dinamarquês Lars von Trier, considerado "persona non grata" pelo Festival de Cannes após declarar que compreendia o ditador alemão Adolf Hitler, defendeu o evento francês após as acusações de censura feitas pelo vice-ministro de Cultura do Irã, Javad Shamaqdari.

"Em minha opinião, a liberdade de expressão faz parte, em qualquer de suas formas, dos direitos humanos fundamentais. No entanto, meus comentários durante a entrevista coletiva foram pouco inteligentes, ambíguos e necessariamente ofensivos", escreve o diretor de "Dogville" em comunicado.

A resposta vem depois das críticas do Irã ao veto de Cannes a Von Trier, considerando-o --em comunicado emitido nesta segunda-feira-- um "comportamento de traços fascistas" por parte de um certame que se erigiu em sua última edição contra a censura do Governo de Mahmoud Ahmadinejad, que acaba de condenar a seis anos de prisão o cineasta Jafar Panahi.

Joel Ryan/Associated Press
Lars Von Trier posa para foto antes de ser expulso do Festival de Cannes por comentários sobre Hitler
Lars Von Trier posa para foto antes de ser expulso do Festival de Cannes por comentários sobre Hitler

Von Trier aproveitou também este comunicado para reiterar suas polêmicas afirmações. "O que eu queria dizer era que o potencial da extrema crueldade está dentro de cada ser humano, seja qual for sua nacionalidade, sua raça, categoria ou religião", afirmou.

"Se só explicarmos os desastres baseando-nos na crueldade dos indivíduos, destruiremos a possibilidade de entendimento dos mecanismos humanos, peça necessária para evitar futuros crimes contra a humanidade", destacou.

O Festival de Cannes baniu Von Trier da cerimônia de entrega de prêmios, declarando-o "persona non grata", na qual seu filme "Melancolia" valeu o prêmio de Melhor Atriz a Kirsten Dunst, dedicado ao cineasta dinamarquês.

 

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