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01/07/2011 - 07h33

Hollywood enfrenta movimento de atores em direção à música

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THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO

Jeff Bridges, James Franco, Tim Robbins, Steve Martin e Will Smith. Os cinco indicados ao Oscar? Não, são os atores de Hollywood que prometem lançar discos como cantores até o final do ano.

Alguns já colocaram a mão na massa. Bridges fez show de lançamento do CD na última terça-feira em Los Angeles, mostrando suas novas canções. É sua segunda tentativa. Ele lançou em 2000 o álbum "Be Here Soon".

James Franco, de "127 Horas", lança no próximo dia 12 o EP "Turn It Up", parceria musical com a drag queen Kalup Linzy. Já roda bastante na internet o clipe de "Rising (Both Sides Now)".

Tim Robbins dá os retoques finais em seu álbum de estreia, alguma coisa entre Tom Waits e Nick Cave. Steve Martin e Will Smith, que já têm discos no currículo, dependem apenas de organizar suas agendas para os novos lançamentos.

Reuters/Efe
Jeff Bridges (à esq.) e Hugh Laurie fazem parte do movimento dos atores que se lançam na carreira musical
Jeff Bridges (à esq.) e Hugh Laurie fazem parte do movimento dos atores que se lançam na carreira musical

Gwyneth Paltrow, depois de cantar afinada em dois filmes, "Duetos" e "Country Strong", tem um disco quase pronto. Segundo ela, sem ajuda do maridão, o roqueiro Chris Martin, do Coldplay.

Depois de um longo histórico de cantores que viraram atores, como Frank Sinatra e Elvis Presley, Hollywood vê agora o movimento na direção contrária, mas a qualidade ainda deixa a desejar.

Alguns já trocaram de papel de uma vez, como Jared Leto e Juliette Lewis. Ele, que estrelou filmes como "Clube da Luta", formou a banda 30 Seconds to Mars e hoje vende milhões de discos e participa de grandes festivais.

Ela não emplacou. A banda Juliette & The Licks é mais entusiasmo do que talento, mas a estrela de "Assassinos por Natureza" disse adeus a Hollywood. Tanto ela como Leto já cantaram no Brasil.

Patrick Swayze (1952-2009) e Kate Winslet ficaram só em compactos, mas ele vendeu 3 milhões de cópias.

Robert Downey Jr. apostou no pop, sem sucesso. Kevin Costner montou um banda country, que trouxe ao Brasil em 2010, e Russell Crowe lança discos de rock das antigas.

John Travolta, nos anos 1970, e Bruce Willis, na década seguinte, pegaram no microfone apoiados só no carisma pessoal. Já Jamie Foxx e Zooey Deschanel mostram talento. Ele, como rapper. Ela, na dupla fofa She & Him, com o guitarrista M. Ward.

Johnny Depp montou nos anos 1990 a banda P, com seus amigo punks do Butthole Surfers. Seu único CD é hoje disputadíssimo.

Billy Bob Thornton, ex de Angelina Jolie, lançou vários álbuns de rock e blues.

Outro com farta discografia é David Hasselhoff, galã canastrão das séries "Super Máquina" e "Baywatch".

Ninguém entende bem a razão, mas ele virou hit na Alemanha, onde vendeu 18 milhões de discos.

A maior surpresa da turma é mesmo Steven Seagal. Exímio quebrador de braços de figurantes, ele canta (mal) e toca guitarra (pior ainda) em dois discos horrorosos.

Hollywood chega atrasada a essa onda. Na França, estrelas de cinema sempre cantaram, com resultados bons (Charlotte Gainsbourg), interessantes (Brigitte Bardot) ou sofríveis (Isabelle Adjani).

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Ouça comentário do repórter sobre o movimento:

Thales de Menezes

 

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