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06/07/2011 - 22h26

Oswáld, Ôswald ou Oswaldo? Candido comenta as pronúncias

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PAULO WERNECK
ENVIADO ESPECIAL A PARATY

Em sua conferência de abertura da Flip, Antonio Candido ora se referia ao autor homenageado como "Oswáld", ora como "Oswaldo". Era assim que o autor de "Memórias Sentimentais de João Miramar" preferia ser chamado pelos amigos.

No entanto, depois de sua morte (e ainda hoje), a pronúncia "Ôswald" foi ganhando espaço até tornar-se a mais corrente, o que motivou o crítico paulista a escrever, em 1990, um ensaio bem-humorado sobre a controversa pronúncia.

Oswald, explica Candido, é uma herança do nome do pai do escritor, que por sua vez deve seu nome a um personagem de um romance da escritora francesa Madame de Staël. Corina, a heroína que dá título ao livro, um dos preferidos da avó do escritor, cai de amores por um certo lorde escocês chamado Oswald Nevil.

Candido admite que, pelas raízes escocesas do nome, até poderíamos dizer "Ôswald". Mas o costume familiar acabou abrasileirando o nome estrangeiro, que "se manteve na família do nosso escritor por três gerações, sempre pronunciada Oswáld, à brasileira (como certamente pronunciaria também, mas aí à francesa, Madame de Staël)". Oswáld, portanto, tornou-se a pronúncia correta.

Bem humorado, Candido alerta para a necessidade de se corrigir a pronúncia -- caso contrário, as próximas gerações vão querer restaurar as raízes escandinavas do sobrenome do autor de "Alguma Poesia" e passar a dizer "Drúmmond".

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