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21/08/2011 - 08h24

Lília Cabral vive sua primeira protagonista no horário nobre

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LUIZA SOUTO
DO RIO

Em "Fina Estampa", novela das nove de Aguinaldo Silva que estreia amanhã, na Globo, Griselda Pereira deixa a vaidade de lado para pegar no pesado e dar uma vida digna aos três filhos.

Espelhando um pouco sua personagem, Lília Cabral, 54, mãe de uma adolescente que está entrando na fase de descobertas, também deixa um pouco de cuidar de si pela família e pela carreira.

"Quem me dera fazer ioga, essas coisas, mas não tenho tempo", diz à Folha.

Mãe coruja, Lília falou ao menos duas vezes com Giulia, 14, durante a entrevista.

"Minha filha já está começando a frequentar festinhas com amigas. Não quero interferir, mas quero que ela perceba que, mesmo de longe, eu estou atenta", pondera.

Alex Carvalho/Divulgação/TV Globo
Lília Cabral como Griselda na novela "Fina Estampa", da Globo
Lília Cabral como Griselda na novela "Fina Estampa", da Globo

E agrega, como numa justificativa: "Mas isso não me atrapalha. Às vezes só não tenho tempo mesmo é de cuidar de mim", conta.

DESAFIO

Trinta anos após estrear na televisão, Lília Cabral será protagonista pela primeira vez. E a atriz já considera o papel o mais difícil, mesmo após a megera Marta, de "Páginas da Vida" (2006/2007), e a autoritária Tereza, de "Viver a Vida" (2009/2010).

"A Tereza e a Marta não exigiam composição [de personagem]. Você consegue visualizar uma pessoa como a depressiva Marta ou a autoritária Tereza", diz.

Já a portuguesa Griselda exerce o ofício de faz-tudo, o que lhe vale os apelidos de "marido de aluguel" e "Pereirão". Da profissão incomum entre mulheres vem o desafio de interpretar Griselda.

"Você não sai na rua e vê um monte de mulher assim. É nesse sentido que digo que é o [papel] mais difícil."

Ela frisa que sua personagem não é homossexual. "O lado feminino foi esquecido, mas ela tem uma delicadeza."

LOTERIA E PRETENDENTES

Perto do capítulo 40, Griselda ganhará na loteria. Antes humilhada, sofrerá uma reviravolta surpreendente.

"O Pereirinha [José Mayer], marido que ela achava que estava morto, vai voltar, mas só pelo dinheiro", adianta.

O contraponto ao marido oportunista virá em René Velmont (Dalton Vigh), que, diz a atriz, reforçará a discussão sobre a aparência.

"Ele é casado com uma mulher lindíssima [Tereza Cristina, personagem de Christiane Torloni] e vem de uma família rica. De repente conhece outra mulher, de vida simples, mas que luta para sobreviver, característica que a outra não tem", conta.

"Em contrapartida, tem o português Guaracy [Paulo Rocha], que é mais novo e reconhece em Griselda as origens de seu país", completa.

Aspecto bastante abordado pelo autor, a busca incessante por uma aparência perfeita não é algo que faça parte da vida de Lília Cabral.

"Hoje há uma necessidade muito grande da imagem. Não passei por nenhuma intervenção cirúrgica, nem lipo, nada. Por enquanto não sinto necessidade. Acho que os personagens que estou vivendo vão muito de acordo com aquilo que eu sou."

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Entre tantas polêmicas que devem surgir da trama, como a fertilização in vitro e o filho ganancioso que tem vergonha da mãe, a atriz voltará a tocar o tema da violência doméstica, vivido por ela em "A Favorita" (2008/2009).

No novo folhetim, Griselda tentará ajudar a amiga Celeste (Dira Paes), que apanha frequentemente do marido, Baltazar (Alexandre Nero).

"Na época de 'A Favorita', diminuiu essa violência em 25% porque os maridos ficaram com medo de serem denunciados", comemora.

Entre as expectativas que se colocam a partir de amanhã, com esse e outros dramas, uma é maior que todas.
"Quero que o público, quando der o horário, pense: 'Está na hora de assistir à novela'. E que, no final, ninguém saia de casa."

 

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