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Série "Reis da Rua" mostra "celebridades" da periferia
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MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO
Aqui, todo mundo é famoso. Está no auge da carreira de músico, dançarino, artista plástico, esportista. Um chef de cozinha, uma colunista de moda e uma drag queen completam o quadro.
Os 18 personagens da primeira temporada da série "Reis da Rua", no ar a partir de amanhã na TV Cultura, têm em comum o sucesso. Mas o sucesso é na quebrada, no bairro, na comunidade.
São pessoas comuns de Cidade Tiradentes, de Guaianases, de São Miguel Paulista, de Ermelino Matarazzo, do Capão Redondo e de outros bairros da periferia de São Paulo que têm atuação real no meio em que vivem.
Movimentam milhares de pessoas, sobretudo pela internet, mas passam ao largo do que é o senso comum de "indústria de celebridade".
Divulgação | ||
Primo Bboy (Rafael Ferreira dos Santos) em cena da série "Reis da Rua", que será exibida pela TV Cultura |
E são milhares mesmo. Sob o nome artístico MC Dedê, Josley Caio Farias é bicampeão no festival de funk.
Ele tem 32 perfis lotados no Orkut (na periferia, o Facebook não pegou), o que significa 32 mil seguidores. Postados no YouTube, seus videoclipes beiram o milhão e meio de visualizações.
Idealizador e diretor da série, o mineiro Leandro HBL diz que o foco inicial do programa é a música. Mas, durante as filmagens, foi conhecendo artistas extremamente talentosos em outros campos de atuação.
Agora, divide seus personagens em dois arquétipos: "altruístas" e "egoístas".
"Altruístas", ele diz, são aqueles que têm um projeto social que é mais importante do que eles próprios. Como a Tia Eva, que montou times de futebol com 300 jovens, ou o padre Rosalvino, que oferece cursos profissionalizantes.
"Egoístas" são os artistas. Eles são o próprio projeto.
"Minha pesquisa sobre o que há de novidade na cultura da periferia começou no 'Favela on Blast'", diz o diretor, referindo-se a seu documentário de 2008, sobre funk carioca. "Percebi uma economia cultural nova, que não era vinculada só ao funk."
O trato com a TV Cultura determinou que a primeira temporada (a segunda está prevista, mas não confirmada) se fixaria em São Paulo.
A equipe passou cinco dias com cada personagem, num total de seis meses de produção. E pôde se aprofundar na vida de cada um deles, tanto quanto possível.
Leandro aponta, entre os registros importantes da série, a chegada das raves na periferia. E a criação de vários estilos de dança que, afirma, podem se tornar febre.
Mais? "MC Dedê é o maior artista de São Paulo. Mas, para entender isso, precisamos lembrar que a cidade é muito maior do que esse circuito em que a gente vive."
Editoria de Arte/Folhapress | ||
REIS DA RUA
Estreia da série de 18 episódios
QUANDO amanhã e nas próximas segundas, às 20h45, na TV Cultura
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