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31/08/2011 - 07h32

Pains of Being Pure at Heart traz seu pop barulhento ao Brasil

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JULIANA ZAMBELO
DE SÃO PAULO

A banda nova-iorquina The Pains of Being Pure at Heart tirou seu nome (as dores de ter um coração puro) de um livro infantil.

Mas as influências musicais vieram de fontes nada inocentes, como as distorções de bandas como Jesus and Mary Chain e Sonic Youth e a profunda melancolia de Smiths e The Cure.

Essa contradição marca a sonoridade da banda e encaixou seu trabalho no indie pop, subgênero que o guitarrista e vocalista Kip Berman não rejeita.

Võctor Lerena/Efe
Guitarrista Kip Berman (à esquerda) e a tecladista Peggy Wang da banda The Pains Of Being Pure At Heart
Guitarrista Kip Berman (à esquerda) e a tecladista Peggy Wang da banda The Pains Of Being Pure At Heart

"O termo 'pop' fala a verdade fundamental sobre nós: não somos artistas de vanguarda, fazemos músicas de dois minutos e meio sobre nossos sentimentos", disse à Folha, por telefone.

O Pains vem ao Brasil em setembro e toca em São Paulo (15), no festival Fourfest, e Rio (16), no Circo Voador, com a turnê de seu segundo álbum, "Belong", lançado neste ano.

O disco foi produzido e mixado por uma dupla com vasta experiência na mescla de melodia e barulho: Flood, que já trabalhou com Smashing Pumpkins e Nick Cave, e Alan Moulder, parceiro de My Bloody Valentine e Ride.

Abaixo, Berman fala sobre as gravações do álbum e a atual turnê da banda:

Como tem sido a turnê do segundo álbum?
É animador poder tocar coisas novas. Ficamos anos tocando as músicas do primeiro álbum, é legal de fazer uma mistura dos dois. As músicas novas soam mais cruas do que no álbum, mas essa energia é legal porque não fica parecendo como se apenas tocássemos um CD na frente das pessoas.

O que acharam do convite para tocar no Brasil?
Ficamos muito surpresos. O Brasil está fora do mapa dos locais onde bandas indies costumam ter chance de tocar. Essa oportunidade é muito bacana. Estamos muito ansiosos. Não temos ideia do que esperar, talvez os shows de rock aí sejam diferentes.

"Belong" foi produzido e mixado por Flood e Alan Moulder. Como aconteceu o contato entre vocês?
Esses caras geralmente estão fora do alcance de bandas como a nossa, eles trabalham com artistas como U2 e Smashing Pumpkins, mas o Alan Moulder ouviu nosso primeiro disco em 2009 e ficou interessado em trabalhar com a gente. Ele trouxe o Flood, eles são amigos.

Como foi trabalhar com eles?
Flood é legal e humilde e acessível, ele é só um nerd que gosta muito de música e por acaso trabalhou em alguns dos álbuns mais importantes dos últimos 30 anos. Quando você vê uma pessoa realmente boa no que faz e que continua humilde é uma boa lição para bandas novas como a gente. Não houve pressão para fazer o melhor álbum de todos os tempos.

O trabalho deles foi importante para definir o álbum?
O mais importante é chegar no estúdio com boas canções. O melhor produtor do mundo não seria capaz de fazer um disco parecer bom se as músicas não forem bem trabalhadas e coerentes. Quando chegamos no estúdio com as músicas, nós focamos em que som queríamos para as canções.

Foi interessante ter a facilidade de dar forma às músicas. Nosso primeiro álbum foi gravado no porão do meu amigo, não tínhamos muito tempo para buscar o melhor som para a guitarra ou algo assim.

A imprensa tem definido vocês como "indie pop", você concorda com o rótulo?
Sim. Pensamos em nossa música como sendo pop. É um termo abrangente, mas fala a verdade fundamental da nossa música: nós tentamos fazer músicas curtas, pegajosas, das quais as pessoas se lembrem depois.

Não somos artistas de vanguarda, não estamos explorando limites do som. Estamos fazendo músicas de dois minutos e meio sobre nossos sentimentos.

THE PAINS OF BEING PURE AT HEART
QUANDO quinta (15), às 21h
ONDE Clash Club (r. Barra Funda, 969, tel.:0/xx/11/3661-1500)
QUANTO R$ 160 a R$ 200 (promoção para compra de dois ingressos)
CLASSIFICAÇÃO 18 anos

 

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