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Mesclando hits e novas canções, Coldplay faz um dos shows mais empolgantes
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MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO
Uma das atrações mais populares do Rock in Rio e a única banda internacional do sábado com status suficiente para tocar para 100 mil pessoas, o Coldplay mostrou mais uma vez como é calejado em shows para multidão, fazendo uma apresentação impecável, com seu repertório que mescla baladas e rocks leves, a simpatia de seu líder e vocalista, Chris Martin, e um apuro visual como ninguém havia mostrado ainda no festival.
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Voltando ao Brasil cerca de um ano e meio após sua última passagem, o quarteto inglês aproveitou a ocasião para dar uma renovada no repertório, apresentando muitas canções de seu próximo álbum, "Mylo Xyloto", que será lançado em 24 de outubro. Elas se encaixaram bem entre os sucessos da banda, fazendo com que o show tivesse unidade e fluência, mantendo o astral dos fãs sempre alto.
Ricardo Moraes /Reuters | ||
Chris Martin, vocalista do Coldplay, faz homenagem ao Rio durante última apresentação da sexta noite de shows |
A apresentação dos ingleses é, mais do que uma sequência de músicas, um evento completo, grandioso --já na abertura, ao som da instrumental "Mylo Xyloto" (seguida pela também nova "Hurts like Heaven"), fogos de artifício pipocaram no céu. "Tem alguém aí?", pergunta Chris Martin em inglês, para atiçar a plateia. "Tudo bem aí?", prossegue, em português; mais tarde, voltaria a se arriscar no idioma local, sempre preocupado em interagir com sua audiência.
Quando entra o hit "Yellow" (primeiro momento de coral coletivo do show), todas as luzes do palco e da plateia ficam amarelas. É esse tipo de detalhe, de construção de uma atmosfera, que o Coldplay sabe fazer bem --e conta com a participação do fã-clube, que solta bexigas amarelas. Na sequência, outra balada famosa para a multidão cantar junto ("In My Place") e uma chuva de papel colorido em formato de borboleta.
Marcelo Sayão/Efe | ||
Chris Martin, vocalista do Coldplay, brinca com bandeira do Brasil durante apresentação |
Martin é hábil em mexer com seus fãs --fora as caras e bocas para o público feminino, ergue a bandeira do Brasil, grafita a palavra Rio com um coração no lugar do o, faz citação de "Mas que Nada" no meio de uma canção, corre, pula, beija o palco, se dedica ao espetáculo, faz valer o ingresso.
Em termos musicais, a banda se garante com um repertório sólido de baladas (algumas muito belas, como "The Scientist", que Martin leva ao piano) e rocks de estádio (como "Viva la Vida", com seu coro de "ôôôô") para todos cantarem juntos. Entre as músicas novas apresentadas, destaque para "Us Against the World" (que se encaixa entre as baladas) e a animada "Every Teardrop Is a Waterfall", que encerra o show. Antes dela, no bis, a banda mostrou a infalível "Clocks" e outro de seus sucessos, "Fix You" (esta, com uma citação de "Rehab", de Amy Winehouse, na introdução). Chris Martin terminou a apresentação com uma camiseta onde se lia "Rio, eu amo, eu cuido" --provalvemente uma peça promocional da prefeitura da cidade, mas, mais do que isso, uma boa frase para representar o carinho que a banda mostrou com seu público, que certamente saiu seguro de ter assistido ao melhor show do Rock in Rio.
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