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Habitué, Deep Purple volta hoje a São Paulo
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THALES DE MENEZES
DE SÃO PAULO
Aos 66 anos, o londrino Ian Gillan acha graça quando alguém pergunta como cuida da voz. Uma questão pertinente, já que o vocalista do Deep Purple tem um estilo forte de cantar, com gritos agudos. "Canto, só isso. Nunca parei", diz em entrevista à Folha, rindo bastante.
Gillan não é do tipo que fica parado. Ele sobe hoje ao palco da Via Funchal, em São Paulo, com o Deep Purple, gigante inglês do rock pesado em turnê desde 2006.
"É a maior sequência de viagens e shows que já tivemos. No início dos anos 70, sempre fazíamos turnês, mas chegávamos a parar duas vezes no mesmo ano para ir ao estúdio gravar mais um disco. Agora, estamos numa longa estrada", conta Gillan. "Tocamos em 48 países só no ano passado!"
Divulgação | ||
Banda Deep Purple faz show em São Paulo nesta segunda-feira |
A turnê do disco "Rapture of the Deep", lançado em 2006, impressiona. De 17 de janeiro daquele ano, em Londres, até o último dia 25 de maio, na Grécia, foram 442 shows, quinze deles realizados no Brasil. O grupo passou por aqui em três fases da turnê: 2006 (sete shows), 2008 (três) e 2009 (cinco).
Tanta dedicação fez o álbum se tornar o mais bem-sucedido do grupo desde "Perfect Strangers" (1984), chegando a dois milhões de cópias vendidas. Gillan acha que os dois últimos discos da banda não devem nada aos clássicos do Deep Purple.
"Claro que reconheço a importância de 'In Rock' (1970), 'Fireball' (1971) e 'Machine Head' (1972) como álbuns fundamentais no rock, mas garanto a você que 'Bananas', que lançamos em 2003, é nosso trabalho mais bem gravado", afirma Gillan.
O Deep Purple conta hoje com 60% da formação mais amada pelos fãs, a do início da década de 70: Gillan, Ian Paice (bateria) e Roger Glover (baixo). Completariam o quinteto clássico o guitarrista Ritchie Blackmore e o tecladista Jon Lord. Em seus lugares estão, respectivamente, Steve Morse (desde 1994) e Don Airey (desde 2001).
Eles iniciaram em junho uma nova turnê, "The Songs that Built Rock Tour". Mesmo sem material novo, Gillan diz que os shows serão diferentes dos que a banda trouxe ao Brasil nos últimos anos.
"É sempre uma noite diferente; a gente improvisa, sentindo a reação do público. Na turnê passada, chegamos a tocar uma hora num dia e duas horas e meia no seguinte!"
A passagem pelo Brasil já teve shows em Belém, Fortaleza e Campinas. Depois de São Paulo, a banda ainda toca em Belo Horizonte (amanhã) e Curitiba (quarta).
DEEP PURPLE
QUANDO hoje, às 22h
ONDE Via Funchal (r. Funchal, 65, tel. 0/xx/11/3846-2300)
QUANTO de R$ 300 a R$ 130
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
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