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Clapton exibe qualidade singular em show "homeopático"
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CARLOS MESSIAS
DE SÃO PAULO
Após uma hora e quarenta e cinco minutos de show, Eric Clapton deixou 45 mil pessoas (segundo a assessoria de imprensa) no estádio do Morumbi, em São Paulo, com vontade de mais blues.
Clapton reúne 45 mil fãs no Morumbi
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O cantor e guitarrista começou a apresentação, às 21h, e dedicou o show ao piloto brasileiro Felipe Massa.
"While My Guitar Gently Weeps", de George Harrison, que ganhou versão sublime por meio das cordas de Clapton, foi um dos muitos clássicos do repertório do guitarrista que não fizeram parte do show --além de "After Midnight", "Sunshine of Your Love", entre vários outros.
Mas a canção ilustra bem a qualidade singular do instrumentista.
Em "Old Love", por exemplo, o músico transita pelas suas cordas com precisão, elegância e eficácia singulares. Além de intimidade com o instrumento, Clapton demonstra que o blues pode ser uma forma de arte superior. Especialmente no duelo que travou com Tim Carmon, que tocou moog no momento do solo.
O show foi dividido em três atos. O primeiro, com o músico de pé, teve cinco músicas em formato elétrico e foi encerrado com uma versão ferina de "Tearing Us Apart".
Francisco Cepeda/AgNews | ||
Eric Clapton dedicou seu último show da turnê brasileira ao piloto Felipe Massa |
No segundo, Clapton trocou sua Fender Stratocaster por um violão e engatou "Driftin'". Ainda sentado, tocou outras quatro canções, culminando em "Layla", que tocou com guitarra elétrica, ainda que tenha optado pela versão de andamento mais lento, como a que aparece no seu "MTV Unplugged" (1992).
Na sequência veio a melhor parte do show, com eletrizante "Badge", no qual Clapton alternou fraseados singelos com viradas rítmicas explosivas, contando com a sua competente banda e com solos de Chris Stainton (teclados) e Tim Carmon (órgão).
Esta reta final da apresentação ainda teve seu momento romântico com "Wonderful Tonight". A pegada blues falou alto em "Before You Acuse Me" e "Queen of Spades", mas a catarse coletiva veio com "Cocaine", que encerrou o set.
Ainda teve bis, quando o músico e sua banda voltaram ao palco para fazer "Crossoads" na companhia de Gary Clark Jr., guitarrista de 27 anos que ficou encarregado do show de abertura.
Enquanto o discípulo é extravagante, ruidoso e exagerado, Clapton colocou-o no bolso com sua precisão cirúrgica com o instrumento em mãos.
Aparentemente alegre, o veterano de 66 anos sorriu durante vários momentos do show e se despediu solenemente do público brasileiro na companhia de sua banda.
Com tantas metamorfoses artísticas ao longo de sua carreira, o show, em termos de duração, foi pouco representativo, quase homeopático. Mas o suficiente para o mago da guitarra demonstrar seu poder de fogo e para satisfazer o público, que ainda aguentaria muito mais.
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