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04/11/2012 - 08h00

R$ 52 milhões e o fim do jejum dos Stones

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RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

Os Rolling Stones celebraram 50 anos de carreira em julho, mas, para os fãs da banda no Reino Unido, faltava o principal: a reunião, após cinco anos de jejum, de Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts nos palcos.

Foi com enorme satisfação que os britânicos receberam a notícia de que os quatro voltarão a tocar em Londres --onde estrearam, em 1962. As apresentações serão na 02 Arena, nos dias 25 e 29 deste mês. A título de "aquecimento", nos últimos dias eles iniciaram uma série de shows-surpresa em Paris, com ingressos em torno de R$ 40.

Divulgação
Keith Richards (à esq.) e Mick Jagger em cena de "Rolling Stones - Shine a Light" (2007), de Martin Scorsese
Keith Richards (à esq.) e Mick Jagger em cena de "Rolling Stones - Shine a Light" (2007), de Martin Scorsese

Por meses, os Stones desmentiram boatos sobre um reencontro, mas aparentemente foram dobrados pelos cachês. Para quatro shows --haverá dois em Nova Jersey em dezembro, além dos dois londrinos--, receberão mais de R$ 52 milhões, valor que o guitarrista Keith Richards considerou "justo".

Os ingressos dos shows londrinos começaram a ser vendidos em 19 de outubro, em cima da hora para o padrão britânico de planejamento. Duraram sete minutos.

Embora os mais baratos custassem R$ 360, no mercado de revenda há quem peça quatro vezes mais. Muitos fãs precisarão se contentar em ouvir, em casa, "You Can't Always Get What You Want".

49 VEZES DICKENS

O ator britânico Simon Callow, profundo conhecedor dos trabalhos de Charles Dickens, promove uma empreitada de porte: na peça "The Mystery of Charles Dickens", passa por nada menos que 49 personagens criados pelo escritor para resumir à plateia sua vida.

Nas comemorações do bicentenário de Dickens (1812-70), em fevereiro, Callow foi figura recorrente nas emissoras de TV para contextualizar a vida do escritor, considerado o maior romancista e o maior retratista das injustiças sociais do período vitoriano.

A peça, encenada pela primeira vez pelo ator há uma década, fica em cartaz até sábado no teatro Playhouse, no West End londrino.

Callow é autor de "Charles Dickens e o Grande Teatro da Vida", sobre o papel do teatro na vida de Dickens --que adorava promover leituras públicas de seus textos.

EFEITO BORIS

A política do Reino Unido, em geral monótona e previsível, com o embate semanal entre os partidos Conservador e Trabalhista no Parlamento, ganhou um sopro de tensão com uma disputa interna na legenda conservadora.

O responsável foi Boris "BoJo" Johnson, prefeito de Londres. Com o sucesso dos Jogos Olímpicos na cidade, BoJo capitalizou a simpatia do eleitorado, que meses antes o havia reeleito, ao mesmo tempo em que o governo britânico sofre os efeitos da crise econômica.

BoJo vem angariando apoio na base de seu partido, a ponto de a imprensa discutir se o premiê David Cameron terá estofo para tentar a reeleição ou perderá o posto para o prefeito. Os comentaristas se dividem: alguns veem Boris como piada, incapaz para o cargo, outros o levam muito a sério.

Cameron, por sua vez, tenta se livrar da pecha de elitista. Há pouco, prometeu aumentar impostos para os ricos, tentando atender a anseios populares. Fácil não será.

ARTE MODERNA BRITÂNICA

A Tate Britain abriga desde setembro a exposição "Pré-Rafaelitas: Avant-Garde Vitoriana" (bit.ly/RsOm9Y), sobre aquele considerado o primeiro movimento artístico moderno do Reino Unido.

A Irmandade dos Pré-Rafaelitas foi fundada em meados do século 19, inspirada na arte renascentista, tendo Dante Gabriel Rossetti, William Holman Hunt e John Everet Millais como expoentes.

Alastair Smart, crítico do "Telegraph" que não aprecia a arte do grupo, destacou que os pré-rafaelitas são objeto recorrente de mostras no país, mas que a da Tate é válida por abordar com riqueza de detalhes o período vitoriano em que os artistas trabalharam.

 

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