Chevron quer manter "boas relações" com Brasil

O presidente da Chevron para África e América Latina, Ali Moshiri, afirmou nesta quarta-feira que a petroleira está colaborando com a ANP (Agência Nacional do Petróleo) para fornecer informações e que vai acatar as suas recomendações.

Ali Moshiri e o presidente da Chevron para o Brasil, George Buck, encontraram o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) nesta manhã. O presidente afirmou que a petroleira americana respeita as decisões dos governos de onde atua e espera que as "boas relações" com o Brasil sejam mantidas.

Afirmou, inclusive, que avalia participar da 11ª rodada de licitação de poços de petróleo fora do pré-sal, ainda sem previsão para acontecer.

"Avaliamos oportunidades ao redor do mundo, em todos os lugares. Se houver oportunidades no Brasil, agora ou no futuro, vamos avaliar", disse.

Segundo Ali Moshiri, a Chevron ainda não recebeu o relatório da ANP (Agência Nacional de Petróleo) que mantém o veto à petroleira americana para novas perfurações.

Pelo entendimento da agência, a Chevron não conseguiu provar que identificou as causas do acidente de novembro, quando houve vazamento de óleo na bacia de Campos.

Outro fator que contribuiu para a decisão da ANP foi a percepção de que a empresa não deu garantias de que os erros que ocasionaram o vazamento dos 2,4 mil barris de petróleo (381,6 mil litros) não serão repetidos.

"Nossas operações são muito transparentes. Temos apresentado relatórios diários do que fazemos para a ANP, aos nossos parceiros, ao ministro também", disse Moshiri.

O presidente não deu prazos, afirmou apenas que estão trabalhando "o mais rápido possível" para normalizar a sua situação.