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Marinha encontra mancha de óleo de 1 km em área da Chevron
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DENISE LUNA
LUCAS VETTORAZZO
DO RIO
A Marinha identificou uma mancha de óleo de um quilômetro de extensão próxima ao campo de Frade, na bacia de Campos, operado pela petroleira americana Chevron.
Em nota, a Marinha informou que a mancha foi localizada durante um sobrevoo da Capitania dos Portos na tarde de sexta-feira.
O óleo foi identificado a 130 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, no local onde, na quarta-feira, a petroleira informou ter detectado novo vazamento, estimado pela empresa em cinco litros.
A mancha fica a três quilômetros de onde ocorreu o primeiro da empresa no país, em novembro passado. O óleo vaza em bolhas por uma fenda de 800 metros de extensão.
A Marinha considerou a mancha "tênue" em relação à formada pelos 2.400 barris de petróleo que vazaram no ano passado e que deixaram, em seu auge, um rastro de 163 quilômetros quadrados de óleo no mar.
Até o fechamento desta edição, a Chevron não havia se pronunciado sobre a descoberta da mancha de óleo.
Marinha, ANP e Ibama trabalham no monitoramento da área, fazendo sobrevoos na região.
CONFISSÃO DE CULPA
O procurador da República Eduardo Santos Oliveira, responsável pelo inquérito que investiga o vazamento de novembro, considera que o pedido da Chevron para suspender a produção do campo de Frade, na bacia de Campos, é uma "confissão de culpa".
Nesta semana ele apresentará à Justiça Federal denúncia criminal contra a petroleira americana, que irá correr paralela a outro processo na esfera cível no qual Oliveira exige uma indenização de R$ 20 bilhões da Chevron para os cofres públicos.
Na quinta, a Chevron solicitou à ANP (Agência Nacional do Petróleo) a suspensão de sua produção no campo de Frade.
"O pedido para paralisar a atividade no Brasil porque precisa estudar melhor a geologia do Brasil é uma confissão de culpa e de negligência. Deixa ainda mais clara a necessidade de que as autoridades brasileiras, seja no Judiciário ou no Executivo, tomem medidas mais drásticas", disse.
Oliveira considera que a empresa agiu de forma irresponsável no campo de Frade, que produzia 61 mil barris de petróleo por dia.
O procurador disse ainda que o acidente da Chevron parece ter sido muito maior do que a empresa vem informando.
"Não tem nenhuma tecnologia que estanque o vazamento que ainda continua no fundo do oceano. A minha convicção hoje é que eles não tiveram cuidado com a geologia do local e erraram a mão na pressão. Enquanto o reservatório de petróleo não se esgotar, ele vai continuar vazando", afirmou.
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