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22/05/2012 - 18h01

Dólar sobe a R$ 2,080 mesmo com duas atuações do BC

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DO VALOR

As atuações do BC (Banco Central) não assustaram os compradores, que seguiram dominando o mercado de câmbio. Na última meia hora de pregão as ordens de compra se acumularam com alguma ajuda do quadro externo e o dólar fez a máxima do dia a R$ 2,086, alta de 1,96%.

No fim do pregão desta terça-feira, a moeda americana, porém, recuou e fechou a R$ 2,080 na venda, alta de 1,66%. Esse foi o quarto pregão seguido de alta.

Nesse período, o preço do dólar avançou 3,9%. Essa cotação é a maior desde 15 de maio de 2009.

Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar para junho tinha acréscimo de 1,53%, a R$ 2,078, antes do ajuste final, após máxima a R$ 2,0945.

O BC fez duas ofertas de swap cambial (que equivale à venda de moeda no mercado futuro) nesta terça-feira, em antecipação aos vencimentos de swaps reversos que venceriam em 2 de julho. Os swaps reversos são equivalentes à compra de dólar no mercado futuro e foram utilizados quando a autoridade monetária trabalhava para conter a queda no preço do dólar. As atuações foram feitas pela manhã e movimentaram US$ 2,186 bilhões.

Na avaliação do superintendente de tesouraria do Banco Banif, Rodrigo Trotta, as atuações do BC são pouco eficientes e não sistemáticas. Com isso, a tendência para o dólar segue de alta e a linha de R$ 2,10 será atingida em breve.

Discordando de parte do mercado, que vê nas atuações do BC um aceno sobre "teto" para a taxa de câmbio na linha de R$ 2,05, Trotta acredita que não há "teto" nem "piso" para o dólar.

"Temos um governo e um BC que não estão preocupados com esse comportamento do dólar nem com as consequências adversas disso", diz.

Segundo Trotta, o fluxo físico de moeda ainda não é fonte de grande preocupação. "O mercado está mais pessimista e tenta pressionar o governo a mudar as medidas de restrição adotadas para conter a queda do dólar."

Desde o ano passado foram editadas uma série de restrições ao capital externo, no entanto, não há sinalização de que essas medidas editadas quando o dólar estava com firme viés de baixa possam se revistas.

De fato, os acenos recentes do governo são de que o dólar a R$ 2 não preocupa. A visão é de que essa valorização cambial vai beneficiar a indústria.

Segundo Trotta, não é possível esperar desse Banco Central uma ação mais enérgica no câmbio.

"Esse BC tem se mostrado favorável às taxações e ele está mais escorado no viés do governo de colocar o dólar para cima para agradar ao exportador."

Para o tesoureiro, há uma falta de confiança de que a autoridade monetária vai atuar para suavizar o movimento de alta do dólar, vindo a mercado com intervenções mais fortes e mais sistemáticas.

 

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