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18/06/2012 - 21h37

Polícia do PA quer prisão de envolvidos em invasão a Belo Monte

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AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

A Polícia Civil do Pará informou que pedirá a prisão dos envolvidos na invasão e depredação, no último sábado, do escritório do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte (PA).

Além de danos patrimoniais --computadores, janelas e mesas foram quebrados--, funcionários do consórcio relataram à polícia o furto de pertences como bolsas, celulares e notebooks.

Delegados de Altamira já coletaram imagens de câmeras de segurança da obra e estão colhendo fotografias e depoimentos sobre a invasão.

"Esperamos pedir a prisão das pessoas que identificarmos até o final dessa semana", afirmou o delegado Cristiano do Nascimento.

Segundo ele, houve participação de ativistas e de índios mundurucu de Jacareacanga (1.718 km de Belém, na divisa com o Amazonas).

"Esses índios nem serão afetados pela usina. Foram usados como massa de manobra pelos movimentos, mas também serão responsabilizados", disse o delegado.

A polícia avalia se pedirá prisão temporária, para evitar que os suspeitos atrapalhem as investigações, ou preventiva, caso tenham indícios suficientes da autoria dos crimes --dano, furto e violação de domicílio.

O consórcio ainda está fazendo um levantamento das perdas patrimoniais.

Os invasores estavam na região para participar da conferência Xingu +23, evento paralelo ao Rio +20 organizado pelo Movimento Xingu Vivo com o objetivo de protestar contra Belo Monte.

Em nota, o Xingu Vivo disse que "a ação dos indígenas foi independente" e negou participação. Os membros do movimento já estavam impedidos, por um interdito proibitório da Justiça, de entrar nos canteiros de obras.

Apesar da proibição, um dia antes do quebra-quebra, ativistas do movimento haviam organizado um protesto em uma barragem provisória construída no rio Xingu, dentro do principal canteiro de obras da usina.

Belo Monte é uma das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e será a terceira maior hidrelétrica do mundo, quando concluída, em 2019. Ambientalistas afirmam que ela vai prejudicar o modo de vida da população da região.

 

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