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28/06/2012 - 10h01

Crise de 2009 eliminou mais de 10 mil indústrias, diz IBGE

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MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

Dez mil e sete fábricas foram extintas em 2009, pior ano da crise mundial, segundo dados da PIA (Pesquisa Anual da Indústria), divulgada nesta quinta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Naquele ano, a economia brasileira encolheu 0,3%, afetada pela crise nos EUA que se espalhou pelo mundo.

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Em 2010, a economia do Brasil se recuperou. Mas, apesar de ter crescido de 7,5% --a mais alta em mais de 20 anos-- naquele ano, foram criadas apenas 671 indústrias --resultado insuficiente para compensar as perdas da crise.

O Brasil encerrou 2010 com 299.753 fábricas, 3% a menos que em 2008.

Juntas, elas obtiveram uma receita líquida de R$ 1,9 trilhão em 2010, o que representa um aumento nominal (sem considerar a inflação) de 17% em relação a 2009. Em relação ao período pré-crise, a receita líquida cresceu 11% (sem considerar a inflação).

A receita obtida com a venda dos produtos fabricados pela própria indústria respondeu por 85% dos ganhos do setor, mas é crescente a participação da venda de produtos fabricados por outros e apenas revendidos pelas indústrias. Em 2010, esses ganhos responderam por 7,5% da receita total do setor. Em 2008, essa fatia era de 6,6%.

EMPREGO

As empresas do setor industrial empregavam 8,3 milhões de funcionários em 2010. Os empregos e os gastos com pessoal são os únicos dois itens que seguiram em crescimento, mesmo em 2009.

Em relação ao pré-crise (2008), os gastos com pessoal aumentaram em termos nominais 23%. Nesse mesmo período, os empregos criados cresceram 6,9%.

O investimento cresceu um pouco menos. Entre 2008 e 2010, o avanço foi de 5,25%.

NOVAS UNIDADES

O IBGE também detectou a ampliação dos gastos com a compra de terrenos e a construção de novos edifícios entre as maiores indústrias (com mais de 30 funcionários).

Essa despesa passou de 12,5% dos investimentos em 2008 para 15% em 2010. No mesmo período, a fatia dos gastos com a compra de máquinas e equipamentos encolheu de 51,9% para 47,4%.

Segundo o economista Rodrigo Lobo, da coordenação da indústria do IBGE, esse pode ser um indicativo de que, com a capacidade perto do limite, as empresas passaram a focar aportes para a criação de novas unidades produtivas.

 

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