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28/06/2012 - 19h15

Sem acordo com consórcio, índios devem permanecer em canteiro de Belo Monte

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AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM

Índios que ocupam um dos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte (PA) deverão ficar no local pelo menos por mais 11 dias. Ainda assim, as obras serão retomadas.

Uma reunião na tarde desta quinta-feira (28) entre representantes dos índios e da direção da Norte Energia (empresa responsável pela usina) para discutir as reivindicações dos manifestantes terminou sem acordo.

Outro encontro está previsto para o próximo dia 9, quando os índios deverão receber uma resposta da empresa.

Os índios concordaram em permanecer apenas em uma ensecadeira (espécie de barragem provisória feita de areia) do sítio Pimental, o que pode liberar a produção no restante do canteiro.

Com isso, o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte) retomará nesta sexta-feira (29) os trabalhos, interrompidos na sexta-feira passada (22) por questões de segurança.

O sítio Pimental estava paralisado, mas os trabalhos nos outros quatro canteiros de obras continuam normais.

Índios das etnias arara, juruna e xicrin invadiram o local no último dia 21. Cobram o cumprimento de contrapartidas previstas no projeto da usina.

De acordo com a Norte Energia, não foi possível dar uma resposta aos índios porque a lista de reivindicações é "extensa" e ainda precisa ser analisada.

A empresa afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que nem todos os pedidos estão previstos no PBA (Plano Básico Ambiental) indígena, conjunto de condicionantes para a construção da obra.

Entre os pedidos estão construção de estradas, regularização fundiária em terras indígenas e até aquisição de ônibus. A Norte Energia não quis fornecer detalhes sobre a pauta de reivindicações.

QUEBRA-QUEBRA

O Ministério Público do Pará está analisando pedido de prisão de 11 pessoas acusadas de serem responsáveis pelo quebra-quebra registrado no último dia 16 no escritório central do sítio Belo Monte, principal canteiro de obras da hidrelétrica.

A Polícia Civil acusa integrantes do movimento Xingu Vivo, contrário á obra, de serem responsáveis pelo ocorrido.

A Promotoria deve dar um parecer sobre os pedidos de prisão apenas na próxima semana. Depois, o pedido segue para análise da Justiça.

A defesa do movimento nega responsabilidade e afirma que não há provas de que seus integrantes tenham participado do quebra-quebra.

O Xingu Vivo anunciou que irá encaminhar informe à ONU e à OEA (Organização dos Estados Americanos) "denunciando a criminalização dos ativistas".

Belo Monte tem conclusão prevista para 2019 e será, quando pronta, a terceira maior hidrelétrica do mundo.

 

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