Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/07/2012 - 18h53

Índios dizem que não deixarão Belo Monte sem medidas protetivas

Publicidade

DE SÃO PAULO

Os índios de nove etnias que ocupam, desde 21 de junho, o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), não deixarão o lugar se antes não forem tomadas ações que mitiguem os efeitos prejudicias da obra às populações nativas.

Segundo, Sandro Bebere Kayapó, líder da etnia Xikrin, o processo de licenciamento da usina tem ocorrido de forma apressada e sem atender a todos às exigências normativas.

De acordo com Kayapó, eles só sairã do local quando essas exigências forem cumpridas.

A reunião anterior, entre representantes dos índios e da direção da Norte Energia (responsável pela usina), no dia 28 de junho, terminou sem acordo.

Na ocasião, os índiso disseram que ficariam no local por pelo menos mais 11 dias, concordando em não interromper mais a obra.

Eles reivindicam estudos complementares, plano de proteção às terras indígenas e um comitê formado por indígenas para monitorar a vazão fluvial.

PROPOSTA

O próximo encontro está previsto para o dia 9 e julho, quando os índios deverão receber uma resposta da empresa.

Os índios concordaram em permanecer apenas em uma ensecadeira (espécie de barragem provisória feita de areia) do sítio Pimental, para liberar a produção no restante do canteiro.

Índios das etnias arara, juruna e xicrin invadiram o local no dia 21 de junho, cobrando as contrapartidas previstas no projeto da usina.

De acordo com a Norte Energia, não foi possível dar uma resposta aos índios porque a lista de reivindicações é "extensa" e ainda precisa ser analisada.

A empresa afirmou, por meio de assessoria de imprensa, que nem todos os pedidos estão previstos no PBA (Plano Básico Ambiental) indígena, conjunto de condicionantes para a construção da obra.

Entre os pedidos estão construção de estradas, regularização fundiária em terras indígenas e até aquisição de ônibus. A Norte Energia não quis fornecer detalhes sobre a pauta de reivindicações.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página