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14/07/2012 - 04h30

Frete ficará 3% mais caro após nova alta do diesel

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AGNALDO BRITO
DE SÃO PAULO
DENISE LUNA
DO RIO

O novo reajuste do diesel, anunciado anteontem pela Petrobras, vai encarecer em até 3% o frete rodoviário no Brasil, informa o setor.

O aumento deve ser de no mínimo 2,4%, segundo Fabio Trigueirinho, secretário-geral de uma das maiores usuárias de frete rodoviário no país, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

O transporte rodoviário movimenta 58% de tudo o que o Brasil produz. A expectativa é que a inflação de agosto já reflita o aumento.

O efeito sobre o frete depende ainda de uma definição, por parte das distribuidoras, sobre o reajuste que será aplicado na venda ao consumidor. As estimativas são as de que os preços subam entre 4% e 6%.

O presidente do sindicato das distribuidoras (Sindicom), Alísio Vaz, prevê um aumento de 4% a 5%, variável entre os Estados por causa das diferenças no ICMS.

O presidente da federação nacional do comércio de combustíveis (Fecombustíveis), Paulo Soares, disse que a Raízen (associação entre Shell e Cosan) informou aos revendedores de diesel que o aumento seria de 6%. A empresa não confirmou e disse que ainda é cedo para conhecer o efeito final na bomba.

"Acho que a tendência é seguir o que o governo divulgou. Houve um ajuste em junho e o mercado de diesel é muito competitivo. O aumento deve ficar em 5% na bomba."

EUFORIA NA PETROBRAS

O mercado de ações reagiu bem ao anúncio de reajuste.

Depois de cair 11,4% no ano, a ação PN (mais negociada) subiu só ontem 5,27%.

Lucas Brendler, analista da corretora Geração Futuro, prevê um acréscimo de R$ 1,5 bilhão nas receitas da companhia em decorrência dos ajustes nos preços.

O efeito sobre o lucro líquido, ainda segundo o analista, deve ser também positivo: entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão ao final do exercício.

O diesel é o produto com maior participação no faturamento da Petrobras, de 27% da receita total da estatal.

Segundo avaliações do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), antes do reajuste mais recente o combustível tinha preços defasados em 23% em relação aos praticados nos Estados Unidos.

Aliviada, a presidente da estatal, Graça Foster, participou ontem de um evento na Bahia. Ela tentava, com seu iPad, sinal de internet para compartilhar a euforia do mercado.

 

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