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25/07/2012 - 20h53

Índios exigem captação de água para liberar funcionários de Belo Monte

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AGUIRRE TALENTO
ENVIADO ESPECIAL A ALTAMIRA (PA)

Os índios afetados pela obra da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA), que mantêm como reféns dois funcionários da empresa responsável pela hidrelétrica, exigem captações de água em suas aldeias para liberá-los.

Os índios dizem que a construção dos poços, uma das ações previstas para compensar impactos da obra, já leva mais de três meses, ultrapassando o prazo prometido pela Norte Energia.

Há previsão de construção de três poços artesianos em aldeias da região conhecida como Volta Grande do Xingu. Em uma delas, a Muratu, da etnia juruna, o poço foi todo cavado, mas falta a instalação de uma bomba.

Anderson Barbosa/Folhapress
Índios das etnias juruna e arara, que mantêm técnicos de Belo Monte reféns em aldeia
Índios das etnias juruna e arara, que mantêm técnicos de Belo Monte reféns em aldeia

"Quando eles estão construindo a ensecadeira [barragem provisória feita de argila], a água do rio fica suja, por isso precisamos do poço", disse o cacique Giliard Juruna, da aldeia Muratu.

É nessa aldeia que estão os reféns da Norte Energia. Eles foram ao local para apresentar, na segunda-feira (23), uma proposta de transporte das embarcações dos índios pelo trecho do rio Xingu que terá a vazão reduzida.

Os índios, das etnias arara e juruna, rejeitaram o projeto por avaliar que terão dificuldades em navegar no rio. Decidiram, então, fazer os funcionários reféns para cobrar modificações no sistema e obras já prometidas.

A Funai (Fundação Nacional do Índio) de Brasília conduz as negociações para a liberação dos reféns. Os índios afirmaram na terça à Folha que ainda não foi feita nenhuma proposta.

Até o momento, os reféns continuavam sem previsão de liberação.

Na segunda, outro funcionário da Norte Energia chegou a ir até a aldeia Muratu para checar o andamento da obra do poço. Os índios reclamaram da demora e chegaram a cogitar fazê-lo também refém, o que não ocorreu.

A justificativa dada aos índios é que a empresa não estava encontrando trabalhadores dispostos a executar o serviço e terminá-lo.

Procurada, a Norte Energia não respondeu até o momento. Assim que a empresa se pronunciar, o posicionamento será incluído nesta reportagem.

 

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