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29/08/2012 - 15h56

Montadoras precisam ter mais lucro, senão vão quebrar, diz Anfavea

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MAELI PRADO
DE BRASÍLIA

Ao comentar um levantamento feito em cinco países, que mostra que o carro brasileiro é até 106% mais caro que similar vendido lá fora, o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores), Cledorvino Belini, afirmou que as montadoras precisam ter lucro, senão quebram.

"As montadoras têm que ter lucratividade, porque o exemplo americano mostra que se não tiverem, quebram. Então é melhor ter lucratividade e, principalmente, investir. Investir em capacidade de produção, em tecnologia, em novos produtos e em geração de emprego", disse Belini.

Como argumento para pedir a continuidade do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido de veículos, que termina na próxima sexta, a Anfavea apresentou ao Ministério da Fazenda dados que mostram que, de maio deste ano para cá, período em que o benefício vigorou, 2,7 mil novos empregos foram gerados pelas montadoras.

A entidade também afirmou que, com o aumento de vendas de veículos, a geração de impostos pelas montadoras e consumidores aumentou em R$ 1,7 milhão por dia no período do benefício.

A estimativa da entidade, apresentada ao governo nesta quarta-feira (29), é que entre junho e agosto a média diária de geração de PIS/Cofins foi de R$ 66,5 milhões, ante R$ 55,9 milhões em maio, período em que o benefício não estava em vigor.

No caso de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), o aumento foi de R$ 73,5 milhões para R$ 83 milhões, na mesma comparação; no do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), de R$ 18,4 milhões para R$ 20,7 milhões.

A geração de IPI caiu de R$ 38,9 milhões por dia para R$ 18,2 milhões por dia, na mesma comparação. "No total, a média diária de geração de todos esses impostos foi de R$ 188,4 milhões entre junho e agosto, um crescimento de R$ 1,7 milhão por dia na comparação com maio", disse Belini, que se reuniu hoje com o ministro Guido Mantega (Fazenda).

De acordo com o executivo, o ministro não se posicionou sobre a renovação ou não do IPI reduzido. "O ministro ficou de pensar, e depois se posicionará sobre isso".

A média diária de licenciamento de veículos, segundo a Anfavea, aumentou de 13,2 mil unidades, em maio, para 16,6 mil unidades entre junho e agosto.

CAMINHÕES

Outro tema conversado pela Anfavea com o ministro foi o fraco desempenho do segmento de caminhões. "Nossa expectativa é de queda de 42% na produção de caminhões neste ano", disse Belini. A estimativa é de uma produção de 130 mil unidades em 2012, ante 223 mil no ano passado.

Neste caso, a entidade pediu ao governo aumento de financiamentos como forma de recuperar as vendas do setor.

 

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