Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
30/08/2012 - 09h25

TIM investirá R$ 100 mi por ano para ampliar banda larga no país

Publicidade

DA REUTERS

A recém-inaugurada oferta da TIM em banda larga fixa residencial tem atraído interesse de potenciais clientes nas últimas semanas, e o grupo de telecomunicações investirá cerca R$ 100 milhões por ano para desenvolver os negócios e ampliar a cobertura dos serviços.

As informações são do presidente-executivo da TIM Fiber, empresa do grupo dedicada à operação fixa, Rogerio Takanayagi.

Com forte demanda por banda larga fixa de alta velocidade no país, a TIM Fiber está confiante de que alcançará a meta de rentabilizar as operações fixas e atingir R$ 1 bilhão em receita nos próximos cinco anos.

"Telecomunicações é indústria de capital intensivo, normalmente o payback [retorno] está acima de dez anos, e o fato de ter payback em cinco anos talvez signifique que essa seja uma operação mais rentável", disse Takanayagi em entrevista à Reuters.

"Em termos de investimentos, manteremos por volta de R$ 100 milhões por ano, o que não é nada comparado com [telefonia] fixa."

A TIM Fiber fechará este ano com R$ 116 milhões investidos, já dentro dos cerca de R$ 3 bilhões do plano de investimentos do grupo TIM Participações para 2012. Segundo Takanayagi, a ideia é futuramente a unidade tentar andar sozinha.

A TIM Fiber já tem uma estrutura física separada, com cerca de 200 funcionários dedicados à operação.

A empresa começou a ofertar na cidade de São Paulo os serviços Live de banda larga fixa no começo de agosto, antes do previsto, e identificou até o momento um potencial de 260 mil domicílios que podem ser atendidos.

Em menos de um mês de oferta, já estão sendo feitas as instalações dos serviços para 3.000 clientes, e o site da empresa recebe cerca de 10 mil usuários por dia interessados em saber mais informações dos planos oferecidos.

"A gente está confiante de que chegaremos a 1 milhão de clientes, com geração de R$ 1 bilhão de faturamento anual vindo desses clientes", disse o executivo.

A TIM Fiber recorrerá a vendedores de porta a porta, pontos de venda, tele-vendas e seu site na Internet.

O Rio de Janeiro será a próxima cidade a ser atendida, com expectativa de iniciar a oferta ainda no terceiro trimestre, segundo a empresa.

Tanto a capital paulista quanto a fluminense concentram a rede da AES Atimus, adquirida pela TIM por mais de R$ 1,5 bilhão e que permitiu, em grande parte, essa operação.

Mas a TIM Fiber também está de olho em outras cidades e já começou a mapear potenciais novos municípios onde a demanda por banda larga possa justificar investimentos.

"Estamos em fase de 'start up', e a gente focou muito só em duas praças para fazer direito", afirmou o presidente da TIM Fiber. "Por outro lado, a rede celular desenvolve também fibra ótica, e se der certo podemos olhar outra praça. Mapeamos algumas cidades que gostaríamos de expandir, mas nesse momento ainda não", acrescentou.

OPERAÇÃO SEPARADA

Em um momento no qual as operadoras de telefonia têm pregado maior convergência entre seus serviços, a TIM optou por uma estratégia diferente para a TIM Fiber, ao separar a operação de telefonia móvel da recém-inaugurada oferta de banda larga fixa.

"Nesse momento no Brasil a convergência fixo-móvel é uma grande distração. O sistema de tarifação fixo-móvel aumenta muito o risco de erro de conta, de complexidade de canal de vendas, erro de atendimento", alertou o presidente da TIM Fiber.

"Quando você cria muitos combos, sobe o valor que o cliente está gastando. Se quisermos universalizar a Internet, tem que haver um plano de entrada competitivo para o usuário."

Em julho, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) suspendeu as vendas da TIM em diversos Estados sob alegação de má qualidade de serviços prestados. Neste mês, um relatório interno da agência reguladora apontou que a TIM estaria derrubando chamadas do seu plano Infinity para forçar novas chamadas.

Takanayagi disse estar tranquilo sobre o risco de a publicidade negativa que a TIM tem recebido nas últimas semanas afetar o desempenho da TIM Fiber. Para ele, pelo contrário, a oferta fixa pode ajudar a restaurar credibilidade à marca da móvel.

"Entregar um produto de qualidade superior [na banda larga fixa] vai ajudar o pessoal do móvel a entregar uma marca de qualidade", disse.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página