Produção industrial cai em novembro e acumula queda de 2,6% no ano, diz IBGE

Atualizado às 13h51.

A produção industrial brasileira caiu 0,6% em novembro do ano passado na comparação com outubro e 1% em relação ao mesmo período de 2011, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira.

No acumulado do ano, a queda é de 2,6%, o que tem sido considerado pela indústria um dos piores resultados da história. Nos últimos 12 meses, a queda na produção é de 2,5%.

Já o resultado do mês marca uma nova interrupção da retomada na indústria. No mês anterior, houve recuperação após o recuo de setembro, de 0,9%, que acabou sendo revisado para 0,1% com o resultado de novembro de 2012.

A retração em novembro foi puxada pelos segmentos de bens de capital (-1,1%) e intermediários (-1%). Já a produção de bens de consumo, que tem peso de 10% no total da pesquisa, ficou estável.

De acordo com o pesquisador do IBGE André Macedo, a produção industrial tem registrado menor dinamismo. Nos últimos três meses (setembro, outubro e novembro), a média da produção industrial caiu 1,2%, ante a alta de 2,1% verificada no trimestre anterior.

"Assim, não se concretizou a recuperação ensaiada pela indústria nos meses anteriores", disse Macedo.

Dos 27 setores pesquisados, 16 tiveram desempenho negativo, com destaque para a indústria extrativa (-6,7%) e de veículos automotores (-2,8%). De acordo com o instituto, com os resultados, as atividades eliminaram parte do crescimento verificado em outubro, de 8,2% e 3,2%, principais responsáveis pelo aumento na produção total no período.

Ainda segundo o IBGE, a queda na produção de veículos foi a maior desde janeiro de 2012, quando a indústria automotiva concede férias coletivas. No começo do ano, ainda houve a troca da motorização de caminhões e ônibus, que impactou a atividade nas fábricas.

Outras contribuições negativas foram metalurgia básica (-3,3%), equipamentos de instrumentação hospitalar (-10,7%), material eletrônico, aparelhos de comunicações (-7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%).