Votorantim compra participação na Cimpor e tenta barrar oferta da CSN
O grupo Votorantim adquiriu hoje, através de sua subsidiária Votorantim Cimentos, a participação de 17,28% na cimenteira portuguesa Cimpor que pertencia à concorrente francesa Lafarge. Porém, a conclusão do negócio vai depender da rejeição, por parte dos demais acionistas, da OPA (Oferta Pública de Aquisição) que a CSN fez sobre a empresa no final de janeiro.
A Votorantim assinou ainda um acordo com o banco estatal português CGD (Caixa Geral de Depósitos) para se unirem dentro da Cimpor para impedir a compra da cimenteira pela CSN.
A operação entre Votorantim e Lafarge ocorrerá através de uma troca de ações de valor não divulgado. "Em contrapartida pelas ações da Cimpor entregues nesta data, a Lafarge receberá ativos da Votorantim, a serem transferidos por meio de uma nova empresa a ser constituída para esse propósito específico", informou a Votorantim em nota.
Já o acordo de acionistas com o CGD, que controla outros 9,6% da Cimpor, para tentar barrar a oferta hostil da CSN. Através desse acordo, as duas partes se comprometem a não comprarem mais ações a ponto de chegarem a 32% do capital da cimenteira --o que, pelas regras de mercado em Portugal, faria com que fossem obrigadas a fazer uma OPA.
"A Caixa Geral de Depósitos decidiu subscrever um acordo parassocial com a Votorantim com vista à realizarem consultas mútuas das respectivas posições enquanto acionistas da Cimpor", disse o banco em à CMVM (a CVM portuguesa).
A oferta da CSN, no valor de 3,86 bilhões de euros (US$ 5,55 bilhões), também não agrada à direção da Cimpor. A empresa emitiu um comunicado na tarde de hoje onde pede aos acionistas que não vendam suas participações na OPA.
Assim como na primeira oferta feita pela CSN, feita no final do ano passado, a Cimpor a qualificou como "oportunista, irrelevante e perturbadora" para a empresa. "A oferta da CSN subavalia significativamente a Cimpor", disse a direção no comunicado. "O preço oferecido pela CSN é muito baixo, não atendendo ao excelente portfólio de ativos da Cimpor e às suas perspectivas de crescimento."
Internacionalização
A Votorantim afirmou no comunicado que a compra da participação na Cimpor faz parte dos planos de internacionalização da Votorantim Cimentos, iniciada em 2001 quando comprou a empresa canadense St. Marys Cement.
"Com essa negociação, a Votorantim Cimentos estará presente em 20 países, sendo relevante a presença atual da empresa na América do Norte, com unidades fabris de cimento, concreto e agregados na região dos Grandes Lagos e no Estado da Flórida. Na América Latina, além do Brasil, possui operações na Bolívia, Paraguai, Chile, Argentina e Uruguai, nas quatro últimas com participação minoritária", apontou.
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