Confronto na usina de Jirau destrói alojamentos e escritórios
Trabalhadores da usina de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, estão deixando o canteiro de obras da hidrelétrica na manhã desta quinta-feira dizendo que um novo confronto incendiou os alojamentos e escritórios que ainda não haviam sido destruídos. Eles carregam malas e mochilas e dizem que não há mais nenhum alojamento ou escritório em pé.
Usina de Jirau tem histórico de polêmicas
Ontem, 45 ônibus que fazem o transporte dos trabalhadores no local e 35 alojamentos foram queimados ou destruídos em uma briga entre trabalhadores no canteiro de obras. Outras 30 instalações da usina foram danificadas, segundo a Secretaria da Segurança de Rondônia.
Alisson Carlos/Rondonia | ||
Foto de incêndio ocorrido no final da tarde de terça-feira na usina de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia |
Os trabalhadores que deixam a obra estão bloqueando a rodovia BR-364 em frente ao acesso ao canteiro de obras com paus e pedras. Um colchão foi incendiado no local. Eles reclamam das condições de trabalho, que há trabalhadores morrendo de malária e que reivindicavam aumento de salário. Agora, eles reivindicam também transporte para chegar a Porto Velho, a cerca de 150 km da usina.
Ao todo, cerca de 20 mil pessoas trabalham na construção da usina. A reportagem da Folha, que está no acesso ao canteiro (localizado a cerca de 8 km da usina), não foi autorizada a entrar no local. Mas uma grossa coluna de fumaça pode ser vista saindo da área onde está a obra. A usina de Jirau, incluída no PAC, é a maior obra em andamento no país.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
A Secretaria da Segurança do Estado confirmou que houve novo incêndio hoje, mas não tem informação sobre o número de alojamentos queimados. A Polícia Militar está enviando reforço de tropas para tentar controlar a situação no local.
CAMARGO CORRÊA
A empreiteira Camargo Corrêa, responsável pela construção de Jirau e que tem participação de 9,9% no consórcio responsável pela usina, afirmou que as obras foram paralisadas hoje por causa dos confrontos. Não há previsão de quando elas serão retomadas.
Segundo a empreiteira, os confrontos registrados hoje foram provocados por um grupo de homens encapuzados que invadiu o canteiro e vandalizou veículos e alojamentos. Eles não foram identificados.
A Camargo Corrêa também afirmou que 10 mil trabalhadores deixaram o canteiro em direção a Porto Velho.
Ontem, o consórcio ESBR (Energia Sustentável do Brasil), responsável pela obra, disse que a manifestação havia sido um ato isolado de vandalismo e que mão foram entregues reivindicações pelos trabalhadores revoltosos.
Até a tarde de ontem, 31 pessoas haviam sido presas. Não houve feridos.
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