Índios invadem obra de Belo Monte e promovem quebradeira, diz consórcio
Índios e ativistas ambientais invadiram neste sábado (12) o principal canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (oeste do Pará), e quebraram materiais de escritório, diz o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte).
Entre os equipamentos danificados estão computadores, cadeiras, mesas e máquinas de café, de acordo com o consórcio. O valor do prejuízo ainda está sendo apurado.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) também confirmou a invasão, mas não sabia informar se houve danos patrimoniais.
Segundo a PRF, o grupo era formado por cerca de cem índios, que passaram meia hora no local. Não houve confronto com funcionários da empresa.
O CCBM afirma que, além dos índios, ativistas ambientais também faziam parte do grupo que promoveu a invasão.
O episódio ocorreu por volta das 12h. Antes de entrarem no canteiro, os índios carregavam equipamentos como pás e picaretas, segundo a PRF. O CCBM afirmou que esses equipamentos foram usados para causar os danos.
A invasão foi no escritório central do sítio Belo Monte, o principal dos cinco canteiros de obras da hidrelétrica, com 35 salas. O CCBM não sabe ainda quantas salas foram danificadas.
Outra área do mesmo canteiro de obras já havia sido invadida nesta sexta-feira (15), em protesto com participação de ativistas ambientais, índios e ribeirinhos, mas sem o registro de danos patrimoniais.
O clima no local está acirrado desde a última quarta-feira (13), quando teve início o evento Xingu +23, conferência paralela a Rio+20 organizada pelo Movimento Xingu Vivo com o objetivo de protestar contra Belo Monte.
Os participantes do encontro estão acampados em uma área próxima às obras.
O CCBM classificou a invasão de "vandalismo" e informou, no final da tarde deste sábado, que registrou boletim de ocorrência e "tomará as medidas cabíveis na Justiça".
Representantes do Movimento Xingu Vivo não foram localizados na tarde deste sábado para comentar o caso.
A hidrelétrica de Belo Monte é uma das principais obras do governo federal e, quando pronta, será a terceira maior do mundo. Ambientalistas contrários à usina afirmam que ela prejudicará o modo de vida da população que vive na região do Xingu.
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