Empresária cria chinelos para festas de casamento
A empresária Rosangela Golmia, 46, viu uma oportunidade no setor de casamentos ao perceber a moda dos chinelos personalizados.
Ilustrados com o nome do casal ou imagens dos noivos, por exemplo, são entregues às convidadas para que tirem o salto e dancem durante a festa. Começaram a se popularizar ao aparecer em festas de famosos, diz Rosangela.
Ela diz que, quando os descobriu, correu para saber como fabricar e encontrar fornecedores e criou a empresa Só Chinelos.
Após três anos da abertura, Rosangela diz que o faturamento dobrou todos os anos. Hoje são produzidos cerca de 25 mil pares por mês, para uma média de 90 festas.
Para difundir ainda mais a marca, criou um chinelo em miniatura, com adesivo escrito "Retire o seu chinelo e dance sem parar",". O brinde, entregue a todas as convidadas da festa para que apresentem ao pegar seus pares, também pode ser levado como lembrança.
"Antes as pessoas pegavam dois, três chinelos e, depois da festa, a família não tinha como enviar para quem não foi. Agora ajudo a controlar a quantidade e deixo minha propaganda com os convidados", diz a empresária.
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
A empresária Rosangela Golmia, proprietária da empresa Só Chinelos, que fabrica sandálias de borracha para eventos |
CASAMENTOS EM ALTA
Como Rosangela, outras empresas podem aproveitar o momento de aquecimento do mercado de casamentos.
A Abrafesta, associação das empresas do setor de eventos, como as de decoração, moda e bufês, prevê um crescimento de 14,3% no faturamento do segmento, atingindo R$ 16 bilhões em 2013.
Entre os fatores que aquecem esse mercado, segundo Cristofer Mickenhagen, presidente da Abrafesta, está o fato de os brasileiros estarem casando com idade entre 29 e 35 anos, mais tarde do que no passado. Por isso, costumam ter mais dinheiro guardado para usar na festa.
"Antes havia a tradição de a família da noiva oferecer a festa e a do noivo o apartamento. Agora os noivos participam financeiramente da festa".
Arthur Eugênio Furtado, gerente regional do Sebrae-SP, diz que o crescimento de renda da população contribui para que mais serviços sejam contratados, enriquecendo as festas e criando oportunidades.
Outro desafio do setor é a fidelização de clientes. Isso porque, apesar de a maior parte dos noivos não se casar com a intenção de usar mais de uma vez o serviço, Soraya Moreira, 48, da New Star, diz que é possível.
Com 28 anos de atuação no mercado, quando iniciou a empresa que oferece serviços de foto e vídeo, aluguel de carros de luxo e roupas, diz que o cliente costuma voltar.
"Muitos clientes fizeram o casamento deles e depois a festa de quinze anos das filhas. Outros fizeram o aniversário e depois o casamento."
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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