Grupo holandês entra na disputa pela mineradora de Eike
Outra gigante do setor de commodities negocia a compra de uma fatia da mineradora MMX. Além da suíça Glencore, a holandesa Trafigura demonstrou interesse pela empresa de Eike Batista.
As duas companhias estão em "due dilligence" com a MMX -um processo de análise profunda dos números de uma companhia pelos interessados em comprar uma participação. Procuradas pela Folha, MMX e Trafigura não comentaram.
Em comunicado ao mercado ontem, a MMX informou que "está avaliando oportunidades de negócios, incluindo a venda de ações detidas pelo controlador, assim como de seus ativos".
Todas as opções estão em aberto: vender um ativo, uma fatia minoritária ou uma majoritária. Segundo a Folha apurou, Eike avalia até abrir mão do controle da MMX.
As empresas do grupo EBX (que reúne OGX, MPX, OSX, LLX, MMX e CCX) enfrentam uma crise de confiança. Os investidores duvidam da capacidade das companhias de gerar caixa para fazer frente aos vultosos investimentos necessários aos projetos.
A suíça Glencore já fez uma oferta firme de compra pelo porto do Sudeste, que pertence à MMX, mas os negociadores de Eike consideraram o preço "ridículo". A Trafigura ainda não fez uma proposta.
O maior interesse das empresas é o porto do Sudeste. Ao contrário dos outros empreendimentos de Eike, o porto já está 75% concluído e tem previsão para começar a funcionar já em dezembro.
Ainda desconhecida no Brasil, a Trafigura atua no comércio de petróleo, grãos e minérios. A trading faturou US$ 120 bilhões em 2012 e está presente em 56 países. Na América Latina, opera algumas minas no Peru.
CONTRAMÃO
Graças à confirmação de que negocia com possíveis compradores, as ações da MMX descolaram do restante do grupo e subiram 10,24% ontem, para R$ 1,40.
A OGX fechou em queda de 4,9% e a LLX recuou 3,9%. O estaleiro OSX amargou perda de 12% ontem, após reportagem publicada pela Folha no domingo mostrar que a empresa está sendo pressionada pelos bancos e não honrou pagamentos de cerca de R$ 500 milhões com a construtora espanhola Acciona.
A OSX negou, em nota, que tenha dado calote e disse seguir negociando com a Acciona "obrigações de parte a parte". A empresa afirmou que está "renegociando alguns acordos comerciais" para adequá-los à sua intenção de construir o estaleiro em fases.
Segundo a Folha apurou, cerca de 60% da dívida não paga se refere a obras já realizadas pela Acciona, que construía o píer de atracação de navios do estaleiro.
Os 40% restantes são obras ainda não concluídas, mas que estariam em um ponto irreversível, porque os espanhóis já fizeram os investimentos necessários.
O contrato total, incluindo fases posteriores, seria maior. Procurada, a OSX disse que o contrato é confidencial. A Acciona não deu entrevista.
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