Portugal Telecom terá cerca de 38% da companhia resultante da fusão com a Oi
Após a capitalização e do lançamento de ações da Oi, a Portugal Telecom terá cerca de 38% da nova companhia, resultante da fusão anunciada nesta quarta-feira (2) entre Oi e Portugal Telecom. Os acionistas brasileiros, inclusive os minoritários, ficarão com os 62% restantes.
A fusão, que já havia sido antecipada pela Folha em junho, prevê um aumento de capital de pelo menos R$ 13,1 bilhões na operadora brasileira, além do lançamento de ações.
Na Oi atual, o bloco de controle inclui La Fonte Telecom, AG Telecom, Fundação Atlântico (fundo dos empregados da Oi), BNDES e fundos de pensão de estatais.
Entenda como será a fusão entre Oi e Portugal Telecom
Em 2010, quando a Telefónica comprou a parte da PT na Vivo, fundos e BNDES reduziram sua participação para a entrada da PT na Oi, com o aval do governo Lula, na ocasião, que negociou com o governo português.
Agora, só após a decisão de cada acionista no bloco de controle em participar da operação é que será possível definir a fatia de cada um na nova empresa.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
OPERAÇÃO
Zeinal Bava, que foi presidente da Portugal Telecom de 2008 a 2013 e que assumiu o cargo de diretor-presidente da Oi em junho, comandará a CorpCo --como será chamada a nova empresa.
Bava disse que La Fonte e AG "certamente estarão" na operação, assim como o BTG Pactual, que será acionista da nova empresa, a CorpCo. Sem citar a participação de cada um no aumento de capital nem garantir a presença do BNDES e dos fundos de pensão, Bava ressaltou que os acionistas brasileiros vão aportar R$ 2 bilhões na operação.
Para os detentores de ações preferencias, a cada acionista receberá 0,9211 ação ordinária da CorpCo. No caso das ONs, a troca será de uma para uma. A nova companhia vai migrar para o Novo Mercado da Bovespa.
APROVAÇÃO
A previsão é que a transação seja finalizada em cinco ou seis meses, quando será concluído o aumento de capital. A fusão tem de ser aprovada pelos conselhos da Oi e da PT e dos órgãos reguladores do Brasil e de Portugal.
Depois da capitalização de ao menos R$ 7 bilhões, o endividamento total da nova companhia cairá para R$ 41 bilhões.
Segundo Bava, a fusão já era pensada desde a aliança industrial da PT com a Oi quando da entrada da portuguesa no capital da brasileira em 2010.
ANÚNCIO DE FUSÃO
Após meses de negociação, a Oi e a Portugal Telecom assinaram memorando de entendimentos para a fusão das duas teles, formando o grupo multinacional CorpCo.
A nova companhia soma pouco mais de 100 milhões de clientes distribuídos por Brasil, Portugal e alguns países da África e da Ásia. A receita combinada é de R$ 37,45 bilhões.
No Brasil, a nova empresa continuará operando com o nome Oi, e, em Portugal, com o nome Portugal Telecom.
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