Governo fica surpreso com resultado ruim do PIB e fala em recuperação no último tri
O resultado do PIB do terceiro trimestre veio pior do que o previsto pelo governo Dilma Rousseff. Para se contrapor à notícia negativa, o Palácio do Planalto buscará relativizar o número e dizer que o país já voltou a crescer nos meses finais deste ano, devendo fechar 2013 com uma expansão na casa de 2,5%.
O resultado é o esperado, na média, pelos analistas consultados semanalmente pelo Banco Central. Como os analistas já previam a retração no terceiro trimestre, as previsões para este ano não foram alteradas pela maioria das consultorias.
Hoje, o ministro Guido Mantega (Fazenda) já utilizou esse argumento, em coletiva após a divulgação do resultado do crescimento brasileiro. ""Ainda temos um trimestre pela frente. É perfeitamente possível chegar a 2,5% de crescimento em 2013 [previsão do mercado]."
Ontem, na véspera da divulgação dos números do comportamento da economia pelo IBGE, o Planalto trabalhava com uma retração na atividade econômica, mas sua previsão era de um recuo menor, de 0,3%.
A desaceleração no terceiro trimestre, contudo, foi maior, de 0,5%, na comparação com o período imediatamente anterior.
Mantega (Fazenda) também afirmou que o crescimento do PIB foi impactado pela revisão da metodologia do setor de serviços, que implicou na elevação do resultado no segundo trimestre de 1,5% para 1,8%.
Além da retração maior do que o previsto, preocupou o governo a queda forte no investimento no terceiro trimestre, que vinha sendo apontado pela equipe econômica como novo fator de impulso da economia brasileira.
Outra notícia ruim com a qual o governo não contava foi a revisão do PIB (Produto Interno Bruto) de 2012. O governo esperava um dado acima de 1,5%.
No ano passado, o Ministério da Fazenda chegava a estimar que o crescimento da economia no passado passaria de 0,9% para perto de 2% por causa da nova metodologia de cálculo do setor de serviços.
A revisão de 0,9% para 1%, anunciada hoje pelo IBGE, foi recebida como uma ducha de água fria pelo governo, que esperava comemorar um número bem maior para se defender do discurso da oposição, de que o crescimento do PIB no ano passado foi medíocre.
A própria presidente Dilma chegou a dizer, em entrevista ao jornal "El País", que tinha certeza que o 0,9% divulgado anteriormente pelo IBGE estava subestimado.
"Esta semana resolveram reavaliar o PIB. E o PIB do ano passado, que era 0,9%, passou para 1,5%. Nós sabíamos que não era 0,9%, que estava subestimado o PIB. Isso acontece com outros países também", afirmou a presidente na entrevista.
Depois, o Palácio do Planalto informou que a presidente havia citado o número a partir de avaliações preliminares do Ministério da Fazenda, que sempre insistia que o PIB de 2012 estava incorreto. A entrevista ao jornal espanhol foi concedida na semana passada, antes de o IBGE anunciar os novos dados.
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