Consórcio vira opção para quem não tem pressa
Quem não paga aluguel ou não tem pressa para comprar um apartamento pode recorrer ao consórcio imobiliário. A modalidade tem, hoje, 205 mil adeptos no país e cresceu 3% no ano passado.
Simulações mostram que, financeiramente, a modalidade só é mais vantajosa que um financiamento se o consorciado que paga aluguel for sorteado nos dois primeiros meses. Caso contrário, o financiamento sai mais barato, diz Marcelo Prata, fundador do Canal do Crédito.
Isso acontece porque, enquanto não é contemplado, o consorciado continua com gastos de aluguel. No financiamento, a aquisição do imóvel é imediata.
Outra desvantagem do consórcio é a perda do poder de compra da carta de crédito. "A valorização dos imóveis em São Paulo é superior ao INCC [índice de custo da construção], que corrige a carta de crédito", diz.
Assim, em quatro anos, uma carta de R$ 500 mil, por exemplo, pode contemplar imóveis com padrão inferior ao desejado pelo mutuário.
Para Prata, o consórcio é uma alternativa válida principalmente para aqueles que têm dificuldade de comprovar renda, têm o nome sujo no mercado ou não têm disciplina para economizar.
Hélio Dias, diretor da Bradesco Consórcios, informa que as cartas de crédito podem ser usadas também para reformar e construir. "É possível usar o FGTS para amortizar a dívida, dar um lance ou aumentar o valor da carta de crédito."
O interessado deve verificar no site do Banco Central se a instituição tem autorização para administrar consórcios. (AM)
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