Governo engaveta incentivo de crédito para montadoras de veículos
O governo decidiu engavetar o projeto de criação de um fundo de crédito bancário, de até R$ 5 bilhões, para financiar a aquisição de carros novos, medida destinada a socorrer as montadoras.
Diante de resistências do Banco Central, que teria de liberar os recursos para formação do fundo, e da avaliação dos bancos de que a medida não teria grandes efeitos no mercado neste momento, a Fazenda interrompeu provisoriamente os estudos para adoção da proposta.
O governo já havia desistido da criação de um fundo garantidor, que seria formado com parcela das prestações de financiamento de veículos, para combater a inadimplência no setor.
O motivo da desistência foi semelhante. As instituições financeiras avaliaram que a ideia não teria o impacto imaginado, de dar aos bancos a segurança de que os atrasos no pagamento de financiamentos iriam declinar.
A proposta de agilizar a retomada de veículos de clientes inadimplentes segue em estudo, mas depende de aprovação de lei e não deve ser concluída no curto prazo. Hoje, só 12% dos automóveis são recuperados.
Lalo de Almeida - 13.dez.2011/Folhapress | ||
Operários em fábrica da Hyundai em SP; governo engaveta projeto de incentivar crédito para montadoras |
No caso do fundo de crédito, a principal resistência vem do próprio governo. Na avaliação do BC, a medida não faz muito sentido num momento em que a instituição acabou de fazer um ciclo de aperto monetário exatamente para reduzir o volume de crédito na economia.
O dinheiro do fundo viria dos depósitos compulsórios, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no Banco Central.
Pela proposta inicial, a injeção de recursos seria feita por meio da compra de carteiras de crédito, ou seja, dos empréstimos concedidos. Os grandes bancos colocariam o dinheiro do compulsório em um fundo de investimento, que compraria a carteira do banco de montadora.
Isso valeria por cinco meses, com estimativa de liberar até R$ 1 bilhão por mês (aumento de 13% na oferta).
O devedor continuaria a pagar a prestação no banco emprestador, que repassaria o recurso para o fundo.
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