Política pública 'radical' conquista empreendimentos tecnológicos em PE
Para fugir das "malhas da burocracia", o Porto Digital de Recife, polo com empresas da área de tecnologia da informação e economia criativa, tem apostado num modelo de gestão pública calcado no exemplo privado. Sua administração é gerida por uma OS (Organização Social).
"Temos uma política pública radical, com planejamento e organização", afirma o presidente do Porto, Francisco Saboya.
A captação de recursos é um dos fatores responsáveis pelo êxito do projeto."Nosso modelo de financiamento é muito ativo. Identificamos e buscamos investimento em distintas fontes", acrescenta.
Seguindo a lógica da iniciativa privada, a proposta é triplicar, até 2022, o número de colaboradores.
Para o fim deste ano, a meta é interiorizar as unidades. Estão em andamento obras em Caruaru e Petrolina, no agreste e sertão pernambucanos, respectivamente.
O Porto também persegue o desejo de ampliar as instalações na capital. Para tanto, busca financiamento público para comprar mais áreas.
Além disso, tem parceria com a prefeitura para desapropriação e cessão de imóveis abandonados no centro.
Criado em 2000, o empreendimento abriga atualmente 250 empresas –como a Contax, pioneira na área de comunicação e telemarketing, a Manifesto Games, que realiza trabalhos para a Disney, e a ProDeaf, que desenvolve aplicativos de tradução de linguagem de sinais.
Ao todo, são 7.100 funcionários no polo tecnológico. O faturamento anual do parque é superior a R$ 1 bilhão.
Segundo Saboya, eles também procuram investir em capacitação do capital humano, com uma incubadora, projeto que auxilia o desenvolvimento de novas empresas. Com ela, já atraíram 17 novos empreendimentos.
Uma aceleradora de empresas, batizada de Jump Brasil, tem previsão de ser inaugurada depois da Copa.
O foco será estimular atividades nos setores em que o polo já tem atuação sólida, mas dessa vez dando ênfase também em áreas de cine-vídeo-animação, multimídia, música, fotografia, design e jogos digitais.
Pelo conjunto de iniciativas, o parque recebeu, em 2012, o selo de indicação de procedência do Inpi (Instituto Nacional de Produção Industrial). A certificação é uma espécie de atestado da qualidade na produção de softwares e tecnologia da informação. O desafio, de acordo com o presidente, é sensibilizar as empresas para a importância do selo.
"O porto vem dando certo porque temos características que são atraentes para as empresas. Fizemos desse território uma área especial", diz Saboya.
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