ANP aprova plano da Petrobras para reduzir declínio de campo de Marlim
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) aprovou um novo Plano de Desenvolvimento do campo de Marlim, da Petrobras. O objetivo é reduzir o declínio da produção de petróleo, disse nesta sexta-feira (25) o diretor da autarquia Florival Carvalho.
Marlim é um dos principais campos produtores do país, mas enfrenta um declínio na extração, como outros na Bacia de Campos, a mais importante do país.
O documento, aprovado em reunião recente da ANP, é resultado de exigência feita pela agência que, preocupada com a redução da produção de petróleo na Bacia de Campos, determinou investimentos adicionais da estatal em algumas áreas.
Carvalho explicou que a ANP analisa os planos apresentados pela Petrobras para aumentar a produção de óleo, mas não determina qual o montante de investimentos necessários.
"A ANP analisa do ponto de vista de aumentar o aproveitamento do óleo, e eles vão nos passar os investimentos que serão feitos", disse Florival, à Reuters.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente quanto deverá investir para a execução do plano para Marlim.
Apesar de estar ampliando consideravelmente a produção nos campos mais novos do pré-sal, outras áreas em Campos têm segurado avanços mais expressivos na extração da Petrobras, o que deverá levar a estatal a investir mais também em áreas como Marlim.
No ano passado, a Petrobras teve outros dois planos de desenvolvimento na Bacia de Campos aprovados pela agência, nesse contexto: Roncador e Marlim Sul, segundo o diretor da autarquia.
EXIGÊNCIAS
Junto com a aprovação do plano sobre Marlim, a ANP fez exigências para o campo.
A Petrobras terá que apresentar o Plano de Revitalização de Marlim como um compromisso firme de execução, sob a forma de revisão do Plano de Desenvolvimento da concessão, até o fim do ano, atendendo determinações para alguns reservatórios.
As determinações da agência incluem intervenções técnicas para aumentar a produção, como injeção de água em poços, contemplar o aproveitamento de poços produtores com alta produção de água, instalação de novos equipamentos e avaliações de perfuração de novos poços.
Além disso, a empresa terá que investir na aquisição de novos dados geológicos sobre áreas de Marlim e também desenvolver estudos para a aplicação de outras intervenções.
A Bacia de Campos representou 75,6% da produção nacional de petróleo, em maio deste ano, com média de 1,654 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), queda 2,6% na comparação com o mesmo período de 2012, quando representou 83% da extração nacional, segundo a ANP.
Em maio deste ano, o Brasil produziu 2,189 milhões de bpd, com a Petrobras respondendo por 1,882 milhão de bpd, de acordo com dados do último boletim da ANP.
A produção de petróleo das áreas do pré-sal, por sua vez, que teve início apenas em 2008, já representa mais de 20% de toda a extração do país, em grande parte nas mãos da Petrobras.
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